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Diego Sebastião Fagundes
RESUMO
Da mesma forma que a
Língua Portuguesa está para nós ouvintes, ou seja, como primeira língua, a
Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) está para os surdos. Sendo assim, é
necessário que os educadores conheçam e interiorizem todo o contexto que rege essa
que não é uma simples simbologia, mas uma verdadeira forma de linguagem
encarregada de transmitir todo um articulado de emoções, e que está cada vez
mais presente em nossas salas de aula e no cotidiano em si.
Palavras-chave:
Língua Brasileira de Sinais; Surdos; Educadores.
1 INTRODUÇÃO
Muitas pessoas consideram a LIBRAS
como um simples mecanismo de codificação, pelo qual se substitui a fala por
sinais.
Na verdade, a LIBRAS é bem mais do
que isso, pois sua estrutura mostra-se bastante complexa, sendo necessária além
da destreza nos gestos, uma sensível percepção das emoções envolvidas,
acompanhamento facial e corpóreo, além é claro do perfeito conhecimento de cada
sinal. Nas escolas, a inclusão de deficientes auditivos é cada vez maior, por
isso a necessidade dos profissionais em educação terem conhecimento dessa forma
de linguagem.
Esse artigo trata da importância do estudo
e conhecimento da LIBRAS por parte dos educadores, porque dessa forma estarão
ratificando o verdadeiro ideal de inclusão escolar, social e de valorização
humana.
2 LIBRAS: UM DESPERTAR
PARA A PLENITUDE DO SURDO
De
acordo com Dizeu (2004), “Quando a sociedade ouvinte marginaliza o surdo e não o
respeita como cidadão com deveres e direitos diante da sociedade, isso cria um
estigma de deficiente que não o leva a se desenvolver plenamente”. Apesar de,
aos poucos, o surdo estar tendo uma maior valorização, ainda percebe-se algumas
situações preocupantes relacionadas a atitudes de indiferença e inclusive de preconceito.
Nesse sentido, a formalização da LIBRAS é de fundamental importância, pois possibilita
ao surdo a abertura de novos caminhos, antes quase que totalmente ocultados
pela falta de uma linguagem de maior referência.
Os gestos e sinais são a principal
forma de comunicação do surdo, tanto com pessoas ouvintes como com pessoas
também surdas. Nesse processo, a LIBRAS adquire uma tarefa importantíssima,
como descreve Dizeu (2004): “A língua de sinais representa um papel expressivo
na vida do sujeito surdo, conduzindo-o, por intermédio de uma linguagem
estruturada, ao desenvolvimento pleno”. A
Língua Brasileira de Sinais, como língua materna do surdo, o torna mais
independente à medida que o mesmo consegue expressar muitas de suas idéias e
sentimentos que antes eram considerados quase que exclusivos da oralidade.
3 A LIBRAS E O EDUCADOR
A presença de alunos surdos nas
instituições de ensino vem aumentando cada vez mais, desde a Educação Infantil
até o Ensino Superior. Diante desse quadro, a necessidade de aperfeiçoamento
por parte dos educadores é iminente, e a LIBRAS acaba tornando-se a ferramenta
principal que merece vasta dedicação e estudo.
Segundo Dias (2002), “A procedência
da língua de sinais como um dos principais mediadores de conteúdos acadêmicos e
da transmissão da cultura surda deve-se ao fato dela ser a língua natural dos
surdos e de ter sido construída pela comunidade, ao longo dos anos”. Como se
pode ver, a língua de sinais não surgiu só da necessidade do surdo se
comunicar, mas também de interagir, se expressar, estudar, reclamar, opinar,
amar, enfim. O educador, por sua vez, deve primeiramente respeitar e reconhecer
a língua de sinais como língua materna do surdo, da mesma forma que a língua
portuguesa é para os ouvintes. Em seguida, é necessário muito empenho no estudo
da LIBRAS propriamente dita, pois sua estrutura linguística possui características
muito particulares e gestos às vezes bem parecidos, o que pode dificultar o
entendimento por parte da pessoa surda, ocasionando inclusive confusões.
4 CONCLUSÃO
O educador, ao ter domínio da LIBRAS,
estará um passo a frente dos demais, pois o ingresso de alunos com deficiência
auditiva nas classes de ensino regular cresce gradativamente, exigindo dessa
forma profissionais qualificados e preparados para o contato com esses
educandos.
Muitos professores não dão importância
ao conhecimento da língua de sinais, achando que nunca irão precisar da mesma.
No entanto, a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais está
assegurada em lei específica, e a qualquer momento poderá ser preciso trabalhar
com alunos surdos em sala de aula, ou mesmo no convívio do dia-a-dia.
A LIBRAS é uma linguagem de estrutura
bastante complexa, porém, componente de suma importância na formação dos
educadores em geral, pois seu domínio é sinônimo de oportunidade, inclusão e
respeito para com os alunos que não escutam.
5 REFERÊNCIAS
DIAS,
Tarcia Regina da S. Uma análise sobre o ensino de LIBRAS a familiares ouvintes
de alunos surdos. Disponível em: <http://www.anped.org.br/reunioes/26/trabalhos/tarciareginadasilveiradias.rtf>
Acesso em: 03 abr. 2009.
DIZEU,
Liliane C. T. de B. A língua de sinais: constituindo o surdo como sujeito. Disponível
em: <http://www.scielo.br/pdf/es/v26n91/a14v2691.pdf> Acesso em: 03 abr.
2009.
THE IMPORTANCE OF KNOWING THE POUNDS FOR THE EDUCATOR
ABSTRACT
Just as the Portuguese language is for us listeners, that is, as a first language, the Brazilian Sign Language (Libras) is for the deaf. Therefore, it is necessary for educators to know and internalize the whole context that governs that it is not a simple symbolism, but a true form of language in charge of transmitting an entire articulated emotions, and that is increasingly present in our rooms classroom and daily life itself.
Keywords: Brazilian Sign Language; Deaf; Educators.
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