quinta-feira, 30 de julho de 2015

ARTIGO: A IMPORTÂNCIA DE CONHECER A LIBRAS PARA O EDUCADOR

Fonte: Google Imagens
Diego Sebastião Fagundes

RESUMO

Da mesma forma que a Língua Portuguesa está para nós ouvintes, ou seja, como primeira língua, a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) está para os surdos. Sendo assim, é necessário que os educadores conheçam e interiorizem todo o contexto que rege essa que não é uma simples simbologia, mas uma verdadeira forma de linguagem encarregada de transmitir todo um articulado de emoções, e que está cada vez mais presente em nossas salas de aula e no cotidiano em si.

Palavras-chave: Língua Brasileira de Sinais; Surdos; Educadores.

1 INTRODUÇÃO

            Muitas pessoas consideram a LIBRAS como um simples mecanismo de codificação, pelo qual se substitui a fala por sinais.
            Na verdade, a LIBRAS é bem mais do que isso, pois sua estrutura mostra-se bastante complexa, sendo necessária além da destreza nos gestos, uma sensível percepção das emoções envolvidas, acompanhamento facial e corpóreo, além é claro do perfeito conhecimento de cada sinal. Nas escolas, a inclusão de deficientes auditivos é cada vez maior, por isso a necessidade dos profissionais em educação terem conhecimento dessa forma de linguagem.
            Esse artigo trata da importância do estudo e conhecimento da LIBRAS por parte dos educadores, porque dessa forma estarão ratificando o verdadeiro ideal de inclusão escolar, social e de valorização humana.


2 LIBRAS: UM DESPERTAR PARA A PLENITUDE DO SURDO

            De acordo com Dizeu (2004), “Quando a sociedade ouvinte marginaliza o surdo e não o respeita como cidadão com deveres e direitos diante da sociedade, isso cria um estigma de deficiente que não o leva a se desenvolver plenamente”. Apesar de, aos poucos, o surdo estar tendo uma maior valorização, ainda percebe-se algumas situações preocupantes relacionadas a atitudes de indiferença e inclusive de preconceito. Nesse sentido, a formalização da LIBRAS é de fundamental importância, pois possibilita ao surdo a abertura de novos caminhos, antes quase que totalmente ocultados pela falta de uma linguagem de maior referência.
            Os gestos e sinais são a principal forma de comunicação do surdo, tanto com pessoas ouvintes como com pessoas também surdas. Nesse processo, a LIBRAS adquire uma tarefa importantíssima, como descreve Dizeu (2004): “A língua de sinais representa um papel expressivo na vida do sujeito surdo, conduzindo-o, por intermédio de uma linguagem estruturada, ao desenvolvimento pleno”.  A Língua Brasileira de Sinais, como língua materna do surdo, o torna mais independente à medida que o mesmo consegue expressar muitas de suas idéias e sentimentos que antes eram considerados quase que exclusivos da oralidade.


3 A LIBRAS E O EDUCADOR

            A presença de alunos surdos nas instituições de ensino vem aumentando cada vez mais, desde a Educação Infantil até o Ensino Superior. Diante desse quadro, a necessidade de aperfeiçoamento por parte dos educadores é iminente, e a LIBRAS acaba tornando-se a ferramenta principal que merece vasta dedicação e estudo.
            Segundo Dias (2002), “A procedência da língua de sinais como um dos principais mediadores de conteúdos acadêmicos e da transmissão da cultura surda deve-se ao fato dela ser a língua natural dos surdos e de ter sido construída pela comunidade, ao longo dos anos”. Como se pode ver, a língua de sinais não surgiu só da necessidade do surdo se comunicar, mas também de interagir, se expressar, estudar, reclamar, opinar, amar, enfim. O educador, por sua vez, deve primeiramente respeitar e reconhecer a língua de sinais como língua materna do surdo, da mesma forma que a língua portuguesa é para os ouvintes. Em seguida, é necessário muito empenho no estudo da LIBRAS propriamente dita, pois sua estrutura linguística possui características muito particulares e gestos às vezes bem parecidos, o que pode dificultar o entendimento por parte da pessoa surda, ocasionando inclusive confusões.

           
4 CONCLUSÃO

            O educador, ao ter domínio da LIBRAS, estará um passo a frente dos demais, pois o ingresso de alunos com deficiência auditiva nas classes de ensino regular cresce gradativamente, exigindo dessa forma profissionais qualificados e preparados para o contato com esses educandos.
Muitos professores não dão importância ao conhecimento da língua de sinais, achando que nunca irão precisar da mesma. No entanto, a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais está assegurada em lei específica, e a qualquer momento poderá ser preciso trabalhar com alunos surdos em sala de aula, ou mesmo no convívio do dia-a-dia.
A LIBRAS é uma linguagem de estrutura bastante complexa, porém, componente de suma importância na formação dos educadores em geral, pois seu domínio é sinônimo de oportunidade, inclusão e respeito para com os alunos que não escutam.


5 REFERÊNCIAS

DIAS, Tarcia Regina da S. Uma análise sobre o ensino de LIBRAS a familiares ouvintes de alunos surdos. Disponível em: <http://www.anped.org.br/reunioes/26/trabalhos/tarciareginadasilveiradias.rtf> Acesso em: 03 abr. 2009.

DIZEU, Liliane C. T. de B. A língua de sinais: constituindo o surdo como sujeito. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/es/v26n91/a14v2691.pdf> Acesso em: 03 abr. 2009.

THE IMPORTANCE OF KNOWING THE POUNDS FOR THE EDUCATOR
 
ABSTRACT



Just as the Portuguese language is for us listeners, that is, as a first language, the Brazilian Sign Language (Libras) is for the deaf. Therefore, it is necessary for educators to know and internalize the whole context that governs that it is not a simple symbolism, but a true form of language in charge of transmitting an entire articulated emotions, and that is increasingly present in our rooms classroom and daily life itself.
 

Keywords: Brazilian Sign Language; Deaf; Educators.

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