quinta-feira, 30 de julho de 2015

ARTIGO: A IMPORTÂNCIA DA LEITURA

Diego Sebastião Fagundes
RESUMO

Fonte: Google Imagens
A prática de leitura possibilita o desenvolvimento de importantes competências, e o leitor se beneficia à medida que as características do bom texto são interiorizadas e assimiladas. Atualmente, novos formatos têm provocado mudanças na instrumentalização do ato de ler, porém, sem obstruir as qualidades dos meios tradicionais existentes. Já a escola e o professor devem incentivar a leitura, impulsionando saberes.

Palavras-chave: Prática de leitura; Importantes competências; Novos formatos.

1 INTRODUÇÃO

            O ato de ler promove bem mais do que a simples aquisição de habilidades, pois sua intencionalidade concebida de forma profunda e interativa torna o leitor um ser crítico e atuante nas implicações do dia-a-dia.
            Segundo Gontijo (2005), “A leitura é uma atividade essencial a qualquer área do conhecimento. [...] Permite ao homem situar-se com os outros. Possibilita a aquisição de diferentes pontos de vista e alargamento de experiências. É também um recurso para combater a massificação executada principalmente pela televisão”. Sem dúvida as palavras do autor demonstram toda a eficácia social do ato de ler, e o surgimento de novos instrumentos como a internet, por exemplo, disseminam informações e conhecimentos de todo tipo. Embora a importância dos recursos tecnológicos seja incontestável, principalmente na área educacional, é preciso ter cuidado com relação aos conteúdos obtidos através dos meios virtuais, pois sua confiabilidade muitas vezes pode ser questionável.
            Esse artigo traz de forma sucinta e informal reflexões sobre a importância da leitura, demonstrando seus benefícios no meio educacional e na formação de agentes pensantes.

2 A IMPORTÂNCIA DO ATO DE LER

            Ler é um exercício e sua prática leva ao desenvolvimento do raciocínio, da criatividade e da ampliação de saberes.
            A leitura é também uma porta que se abre para o conhecimento e para a justiça social, como afirma Souza (2007): “O conhecimento pode ser encontrado através da leitura e esta, por sua vez, possibilita formar uma sociedade consciente de seus direitos e de seus deveres; possibilita que estes tenham uma visão melhor de mundo e de si mesmos”. Embora se tenha o fato de que o ato de ler é responsável pela emanação da cultura e do crescimento de um povo, sabe-se que em nosso país o número de leitores ainda é pequeno, se comparado a muitos países da Europa, por exemplo.
            Os recursos tecnológicos influenciam decisivamente na prática de leitura, principalmente no que se refere a livre e rápida escolha do gênero – muitas vezes perigoso. Há também influência na forma de escrever, pois nas trocas de mensagens de texto dos celulares e nos bate-papos e postagens nas redes sociais na internet, o que mais se percebe é a liberdade em cometer erros grotescos de ortografia, assim como em abreviar palavras, das quais, muitas, não se entende nada. Penso que estudantes, jovens e adultos que se utilizam dessa linguagem no mundo virtual, certamente podem vir a enfrentar dificuldades, tanto na leitura como na escrita de um modo geral.

            Sendo assim, acredito que a escola possui um papel fundamental no sentido de incentivar a leitura sadia, seja através de meios impressos, seja através de meios virtuais. O professor deve mediar esse processo e viabilizar oportunidades que objetivem o ato de ler, como inclusive aponta Pereira (2007): “[...] o educador preocupado com a formação do gosto pela leitura deve reservar espaços em que proponha atividades novas [...]. Trata-se de operacionalizar espaços na escola e na sala de aula onde a leitura por fruição-prazer possa ser vivenciada pelas crianças e jovens”. Ainda com relação à importância do empenho do professor para o fortalecimento do hábito de leitura, vale ressaltar que não é só a área de Letras ou de Literatura que deve lutar por essa causa, mas também as demais áreas, inclusive as exatas, como Matemática, por exemplo. Assim estará sendo formada uma base mais sólida e globalizada, dentro de um contexto dinâmico e interdisciplinar.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

            Por fim, verifica-se toda a importância da leitura que, de uma maneira geral, espalha conhecimento e contagia o universo muitas vezes obscuro do leitor.
            Quem lê está em constante movimento e percebe aquilo que se passa ao seu redor. Também está apto a refletir e julgar com bem mais propriedade sobre os acontecimentos ao seu redor, pois a capacidade de interpretação aumenta com a qualidade, volume e ritmo de leitura realizada. Na escola essa prática é ainda mais importante, pois auxilia no desenvolvimento cognitivo do aluno. O educador deve organizar momentos para que a leitura seja edificada e inclusive socializada, como afirma Souza (2007): “Cabe ao professor promover no espaço de aula um espaço interativo, participativo e tentar extrair dos discentes o conhecimento tácito que estes têm para enriquecimento da discussão, uma vez que diversificadas são as multirreferências que compõem cada um”. Dessa forma, entende-se que o trabalho será ainda mais intenso, pois o debate colocará frente a frente os saberes individuais, assim como estará confrontando as diferentes leituras realizadas.
            O docente que não tiver sensibilidade para perceber a importância do ato de ler, certamente deixará irreparáveis lacunas no processo de formação de seus alunos.

5 REFERÊNCIAS

GONTIJO, Antonio T. de S. A importância da leitura na escola de ensino médio: um diferencial de crescimento e enriquecimento cultural, social, intelectual na formação do cidadão no mundo globalizado. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=7898> Acesso em: 11 set. 2009.

PEREIRA, Izaides. A importância da leitura nas Séries Iniciais. Disponível em: <http://www.webartigos.com/articles/3046/1/a-importancia-da-leitura-nas-series-iniciais/pagina1.html> Acesso em: 11 set. 2009.

SOUZA, Leila. A importância da leitura para a formação de uma sociedade consciente. Disponível em: <http://www.cinform.ufba.br/.../f42e0a81e967e9a4c538a2d0b68.pdf> Acesso em: 11 set. 2009.


READING THE IMPORTANCE

ABSTRACT

The reading practice enables the development of important skills, and the reader benefits as the characteristics of good text are internalized and assimilated. Currently, new formats have led to changes in the exploitation of the act of reading, but without obstructing the qualities of the existing traditional media. Already the school and the teacher must encourage reading, driving knowledge.


Keywords: reading practice; Important skills; New formats.

ARTIGO: RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS NO ENSINO MÉDIO: APONTAMENTOS E DESAPONTAMENTOS SOBRE SUA PRÁTICA EDUCATIVA

Diego Sebastião Fagundes
Fonte: Google Imagens

RESUMO

Esse artigo irá abordar o uso do método de resolução de problemas na educação matemática, com ênfase às particularidades do Ensino Médio, tendo em vista as dificuldades e propostas de melhores aplicações do processo. A prática que envolve a solução de problemas está inserida num contexto de benefícios que possibilita ao aprendiz o desenvolvimento de competências e habilidades favoráveis à aprendizagem da própria matemática enquanto ciência, bem como à formação de saberes que contribuem para o exercício social. No Ensino Médio essa conjuntura não tem se concretizado em sua totalidade, pois muitos educadores vêm apresentando desencontros quanto à utilização do método, o que confirma a necessidade de se buscar entender melhor a temática, apontando inclusive possíveis melhorias.

Palavras-chave: Resolução de problemas; Ensino Médio; Dificuldades e possíveis melhorias.


1 INTRODUÇÃO

A resolução de problemas matemáticos promove conhecimentos nas mais diversas modalidades. No Ensino Médio isso não é diferente, no entanto, sente-se a necessidade de ampliar e difundir o método, revendo alguns conceitos necessários à realização de melhores práticas educativas.
O contexto que cerca a resolução de problemas no Ensino Médio – e na educação como um todo – vem sendo pauta de vários estudos ao longo do tempo, tendo em vista à procura por propostas didáticas e metodológicas que favoreçam um aprendizado mais libertador. A necessidade de se saber mais sobre essa sistemática no Ensino Médio também vai de encontro à própria importância da resolução de problemas para o desenvolvimento social e humano dos estudantes. Nesse sentido, cabe valer-nos das palavras de Schoenfeld (apud BRASIL, 1998, p. 40), encontradas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (5ª a 8ª série) que dizem que

A resolução de problemas [...] possibilita aos alunos mobilizar conhecimentos e desenvolver a capacidade para gerenciar as informações que estão a seu alcance. Assim, os alunos terão oportunidade de ampliar seus conhecimentos acerca de conceitos e procedimentos matemáticos bem como de ampliar a visão que têm dos problemas, da matemática, do mundo em geral e desenvolver sua autoconfiança.

Sem dúvida o ensino de matemática por meio de solução de problemas no Ensino Médio é um mecanismo imprescindível, pois consegue contemplar inúmeros saberes ao mesmo tempo, dando sentido à aprendizagem. Além dos benefícios para o desenvolvimento de competências e habilidades dentro da própria educação matemática, o método de resolução de problemas também propicia o surgimento de condições que auxiliam no dia-a-dia do aprendiz, permitindo inclusive torná-lo agente transformador da sociedade.
Apesar de todo o contexto de vantagens do uso de solução de problemas, vários professores de matemática do Ensino Médio têm encontrado dificuldades em aplicar o referido método. Alguns fatores podem estar determinando essa realidade, o que sem dúvida causa prejuízos de aprendizagem à medida em que são realizadas práticas desencontradas ou simplesmente deixa-se de trabalhar com situações-problema.


2 DEFININDO RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Resolver um problema matemático significa utilizar-se de todas as capacidades possíveis para organizar estratégias que viabilizem encontrar um ou mais caminhos que levem aos dados que são desconhecidos ou que estão subentendidos. Essa definição de imediato nos mostra algo que é altamente intrínseco à solução de problemas, ou seja, a necessidade de se encontrar dados ocultos ao resolvedor. Nesse sentido, logo se percebe que a habilidade em resolver problemas não se restringe somente à mecanicidade do ato, pois também estão envolvidas no processo profundas competências matemáticas e de conhecimentos gerais.
Um dos grandes estudiosos sobre o método de resolução de problemas é o húngaro George Polya (1887-1985). Em uma de suas mais famosas obras, “A arte de resolver problemas, um novo aspecto matemático”, ele explica que resolver problemas pode ser entendido como o caminho que percorre a imitação e a prática (POLYA, 1995, p.2-3). Dessa forma, Polya assinala que talvez uma boa estratégia para resolver um problema matemático seja fazer igual a alguém que já solucionou um problema semelhante; praticar bastante a resolução de problemas é outra tática indicada por ele para substanciar melhores resultados com o método.
Já Pozo (apud MACHADO, 2006, p. 30) explica que “A solução de problemas baseia-se na apresentação de situações abertas e sugestivas que exijam dos alunos uma atitude ativa ou um esforço para buscar suas próprias respostas, seu próprio conhecimento”. Nessa afirmação Pozo aponta um olhar mais amplo para a resolução de problemas, no qual o estudante é visto como um investigador e onde a procura é encarada como um meio capaz de cristalizar saberes, sendo talvez, nesse caso, mais importante que o próprio resultado do problema.


3 A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE MATEMÁTICA POR MEIO DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS NO ENSINO MÉDIO

O ensino e aprendizagem de matemática por meio de resolução de problemas é sem dúvida um componente fundamental na busca pelo desenvolvimento de várias capacidades e desenvolturas. No Ensino Médio, em especial, a utilização do método promove o espírito de busca e de inquietação nos estudantes, desencadeando a formação de atitudes criativas, lógicas e que inspiram valores que servem para a vida toda.
No mundo competitivo em que vivemos não existe mais lugar para as inalterabilidades daqueles que continuam sempre do mesmo jeito, fazendo sempre da mesma forma. É preciso inovar e estar atento às mudanças para não ser “pisoteado” pela avalanche de ideias e de informações que estão ao nosso encalço a todo instante. A respeito desse assunto, Demo (apud FERREIRA, 2007) comenta que

A sociedade moderna [...] exige um cidadão capaz de estar à sua frente, comandando o processo exponencial de inovação, não correndo atrás, como se fora sucata. Enfrentar desafios novos, avaliar os contextos socio-históricos, filtrar informações, manter-se permanentemente em processo de formação são responsabilidades inalienáveis para quem procura ser sujeito de sua própria história, não massa de manobra para sustentar privilégios alheios.

O trabalho com solução de problemas no Ensino Médio possui uma função muito importante nesse contexto; a fase de afirmação intelectual por que passam os estudantes, associada a situações-problemas bem formuladas e significativas possibilita o desenvolvimento de aptidões essenciais como criatividade, organização de ideias e senso crítico, as quais incitam um estágio elevado de inovação e de aperfeiçoamento, viabilizando a repaginação do mundo do aprendiz e da sociedade em si.
Atividades matemáticas bem planejadas – principalmente às que envolvem resolução de problemas – oportunizam aos estudantes de nível médio a aquisição de saberes fortemente ligados às precisões do dia-a-dia. Nessa etapa os aprendizes passam por um momento pessoal bastante conturbado, repleto de dúvidas e de escolhas muito difíceis. A educação matemática, nesse caso, desempenha um papel fundamental no sentido de auxiliar no processo; já o método de resolução de problemas, em particular, é um excelente mecanismo de desobstrução que permite o gerenciamento de ideias, o estimulo a tomada de decisões e ainda promove o convívio com regras. As características do trabalho com solução de problemas possibilitam também a imersão dos estudantes nos propósitos de práticas sociais; dependendo do contexto do problema ensina-se, por exemplo, as desvantagens dos juros, os cálculos de taxas de empréstimos e financiamentos, noções de planejamento familiar, poupança, enfim. Com isso os educandos aprendem atitudes importantes para atuar nos mais diversos segmentos da sociedade.
Muitos conteúdos do programa de matemática do Ensino Médio apresentam um grau de abstração considerável. A solução de problemas, por sua vez, contribui para amenizar essa dificuldade, pois no processo de resolução é estimulado o raciocínio lógico matemático, a leitura virtual do campo de dados, além das interações análogas e intuitivas características do tratamento algébrico.
As atribuições do aprendizado por meio da sistemática de resolução de problemas no Ensino Médio são tão significativas que acabam indo além dos cursos de matemática, extrapolando para modelos interdisciplinares, como inclusive ratifica o trecho dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio:

Não somente em Matemática, mas até particularmente nessa disciplina, a resolução de problemas é uma importante estratégia de ensino. Os alunos, confrontados com situações-problema, novas mas compatíveis com os instrumentos que já possuem ou que possam adquirir no processo, aprendem a desenvolver estratégia de enfrentamento, planejando etapas, estabelecendo relações, verificando regularidades, fazendo uso dos próprios erros cometidos para buscar novas alternativas; adquirem espírito de pesquisa, aprendendo a consultar, a experimentar, a organizar dados, a sistematizar resultados, a validar soluções; desenvolvem sua capacidade de raciocínio, adquirem autoconfiança e sentido de responsabilidade; e, finalmente, ampliam sua autonomia e capacidade de comunicação e argumentação (BRASIL, 2000, p.52).

Sendo assim, percebe-se que o uso do método de resolução de problemas no Ensino Médio é importante porque a conjuntura de benefícios que o cerca é capaz de promover visíveis transformações no modo de viver dos estudantes, além é claro de dar nova visão ao modo de estudar matemática. Por isso é tão necessário refletir sobre a busca de melhores práticas educativas frente às dificuldades encontradas no processo que envolve essa metodologia.


4 RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E O ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA NO ENSINO MÉDIO


4.1 A DIFICULDADE EM RESOLVER PROBLEMAS

Os obstáculos que os aprendizes de Ensino Médio vêm encontrando para solucionar problemas matemáticos têm se demonstrado algo muito preocupante, devido principalmente à importância do método de resolução de problemas para a formação de cidadãos pensantes e criativos. Mas por que os estudantes de Ensino Médio encontram tantas dificuldades em resolver problemas? O diagnóstico dessa realidade aponta vários fatores como resposta, os quais interferem direta ou indiretamente na referida problemática.
Um dos aspectos iniciais que deve ser levado em consideração para tentar entender esse desencontro é o que se refere às particularidades do ensino de matemática no nível médio. Nessa etapa os conteúdos abordam situações bastante genéricas, e em geral as práticas educativas direcionam para aprendizagens técnicas e de aproveitamentos puramente mecânicos. Vale lembrar que durante a trajetória escolar a maioria dos procedimentos lúdicos de aprendizagem vão sendo deixados de lado, culminando em atividades excessivamente tradicionais e de pouca motivação; nas turmas de nível médio essa constatação é ainda mais evidente, ocasionando intervenções muitas vezes monótonas e sem significado. É preciso que o lúdico esteja presente em todas as etapas, inclusive no Ensino Médio, no qual a solução de problemas, em especial, é bastante favorecida. Por outro lado, muitos professores entendem que no nível médio os estudantes já estão totalmente desenvolvidos em suas estruturas cognitivas e intelectuais, e aí acabam exigindo dos mesmos respostas muito aquém de suas capacidades. É necessário compreender que na etapa final da educação básica a maioria dos aprendizes são adolescentes, e que portanto carregam consigo todas as angústias e incertezas desse período de transição.
A primeira grande dificuldade que o educando encontra frente à necessidade de resolver um problema matemático está relacionada ao fato de o mesmo não conseguir lembrar de um outro problema no qual identifique semelhanças. Segundo Polya (1995, p.39) “A diferença entre um problema fácil e outro difícil pode estar em conhecer-se ou não um outro problema já anteriormente resolvido, que tenha a mesma incógnita”. No entanto, toda essa realidade existe porque grande parte dos educadores utiliza de forma errada a técnica de imitação sugerida por Polya: isso acontece quando o método é usado para todos os tipos de problemas; quando é usado em problemas muito simples; e principalmente quando é usado de forma direta, sem sugerir que o aluno pense no processo, e apenas substitua os dados. Práticas docentes que não viabilizam novos contornos à sistemática de resolução de problemas baseada no exemplo, também contribuem para o aparecimento de dificuldades.
Dessa mesma forma, situações-problema mal elaboradas e órfãs de um real significado são consideradas verdadeiras portas de entrada para os obstáculos no momento da resolução; isso tudo demonstra a necessidade de tramas mais interessantes e que motivem a curiosidade dos aprendizes para tentar envolvê-los nas atividades. A abstração talvez seja uma das maiores responsáveis pela complexidade em resolver problemas, sobretudo no Ensino Médio. O fato é que a maioria das situações propostas não estimulam o prazer em resolvê-las, pois desdenham de aspectos como afinidade, curiosidade, surpresa e realização pessoal. Muitos professores de matemática, por sua vez, pecam ao não conseguir formular bons problemas a partir das relações com os conteúdos do Ensino Médio.
Percebe-se ainda que o estudo de vários problemas ao mesmo tempo eleva o nível de desgaste dos educandos, pois os mesmos sentem-se angustiados ao visualizar o acúmulo de tarefas que ainda têm pela frente, quando nem ao menos começaram a resolver a primeira questão. Já enunciados demasiadamente extensos e com linguagens obscuras acabam confundindo os aprendizes, desmotivando-os. Em meio a uma época de intensos avanços tecnológicos, onde as respostas são dadas em milésimos de segundo, é complicado propor a um estudante de nível médio que se dedique por horas e horas à resolução de listas e mais listas de situações-problema. Vale também ressaltar que as atividades envolvendo solução de problemas devem estar presentes durante todo o ano letivo, pois um número muito grande de professores promove práticas educativas onde o trabalho com a metodologia de resolução de problemas é realizado como se fora um conteúdo, e não uma estratégia de ensino.


4.2 O PAPEL DO EDUCADOR E AS POSSÍVEIS FORMAS DE MELHORIA NA UTILIZAÇÃO DO MÉTODO

            Algumas atitudes podem determinar mudanças e diminuir as dificuldades no ensino de matemática por meio de resolução de problemas nas classes de nível médio. O professor, nesse caso, desempenha uma função muito importante no sentido de reavaliar sua prática pedagógica e de buscar novas formas de aplicação do processo, visando sempre à promoção de melhorias.
            O sucesso do trabalho com solução de problemas no Ensino Médio – assim como em qualquer etapa – prevê um bom planejamento das atividades, incluindo é claro a motivação inicial dos aprendizes. A devida atenção com esses cuidados permite que o educador sistematize melhor o seu projeto de aprendizagem e não desvie o foco dos objetivos por ele definidos. O educando, por sua vez, ao sentir-se instigado, irá superar o bloqueio frente ao problema e com isso encontrará mais facilidades diante dos caminhos que percorrem a resolução.
Já a opção por problemas que contêm enredos motivadores e linguagens claras possibilita o encaminhamento de melhores resultados com a prática que envolve a solução de problemas. Os aprendizes de Ensino Médio costumam ser bastante ansiosos, por isso o uso de problemas significativos e não muito extensos estimulam bem mais o prazer pelas atividades, determinando inclusive menos dificuldades no processo.
            George Polya sugeriu um esquema composto por quatro fases para auxiliar na aplicação do método de resolução de problemas; essas etapas são, respectivamente: compreender o problema; estabelecer um plano; executar o plano; e revisar a resolução completa (POLYA, 1995, p.3-4). A estratégia proposta por Polya – merecedora de muitos méritos – é bastante utilizada no trabalho com solução de problemas, tanto no Ensino Médio como no Ensino Fundamental. Todavia, vários educadores distorcem essa sistemática, pois, entre outros, generalizam os problemas quanto ao modelo de resolução; impõem o esquema de Polya como sendo um padrão rígido a ser seguido; ou ainda acabam fragmentando o processo de solução ao dividi-lo em blocos que não possuem ligação alguma entre si. As fases apontadas por Polya, assim como o seu conceito de resolver problemas pela imitação, não são apropriados para todos os tipos de situações-problema, pois cada uma tem suas particularidades que requerem tratamentos distintos.

            O professor também precisa perceber os diferentes caminhos que o estudante utiliza para resolver problemas, respeitando-os se estiverem corretos. Alguns educadores impõem barreiras aos aprendizes que solucionam problemas de forma diferente da qual eles ensinaram, principalmente porque não entenderam a maneira que o educando utilizou e/ou porque não querem perder o “domínio” das ações em sala de aula. Deve-se ter em mente que nem todos os estudantes aprendem do mesmo jeito, e que às vezes um determinado modo de resolver problemas é compreendido por um, mas não pelo outro. A intransigência do professor nesse sentido acaba estimulando ainda mais dificuldades com o método de solução de problemas, definindo sérios prejuízos de aprendizagem.
            Outro aspecto que pode melhorar bastante o ensino e aprendizagem de matemática por meio de resolução de problemas no Ensino Médio diz respeito às interações interdisciplinares. No momento em que o professor for elaborar um problema precisa levar em consideração as conjunturas de diversas áreas, e não só o espaço proposto pelo plano de estudos da disciplina ou pelos laços matemáticos em si. Questões atuais presentes na comunidade, na TV ou na internet, quando colocadas em forma de situações-problema, possibilitam um envolvimento muito maior dos estudantes, pois os mesmos estarão vivenciando algo que é bem mais atraente, familiar e positivo.
Também é imprescindível que o educador internalize e “dê vida” à prática docente no instante em que for solucionar um problema em sala de aula. As palavras de Polya (1995, p.3) confirmam essa necessidade:

[...] quando o professor resolve um problema em aula, deve dramatizar um pouco suas idéias e fazer a si próprio as mesmas indagações que utiliza para ajudar os alunos. Graças a esta orientação, o estudante acabará por descobrir o uso correto das indagações e sugestões e, ao fazê-lo, adquirirá algo mais importante do que o simples conhecimento de um fato matemático qualquer.

            O aprendiz, na verdade, consegue sentir a situação bem mais de perto quando o educador dá significado ao problema que está sendo esclarecido; sem esse recurso o educando irá se transformar num mero objeto, alienado em um ambiente técnico e de aprendizagens pouco envolventes. Através dessa perspectiva percebe-se a importância que a afetividade possui também para as classes de nível médio, e que a falta desse sentimento pode gerar conflitos nas relações em sala de aula, implicando em dificuldades nos processos didáticos de ensino e aprendizagem.
            A implementação de ações conjuntas no ambiente escolar – tanto no Ensino Médio como em qualquer outra etapa – estimula significativos avanços na procura por aplicabilidades mais satisfatórias com a metodologia de solução de problemas. Iniciativas desse tipo permitem que os professores troquem ideias sobre suas experiências profissionais, sistematizando sugestões de planejamentos, mediações de atividades, além de dicas sobre o aprendizado nas classes de nível médio. Essa integração nas escolas aproxima não só os docentes de matemática, mas também os docentes das demais áreas, proporcionando um modo de ensino mais completo e propício a bons resultados.


5 CONCLUSÃO

A existência de complicações no emprego do método de solução de problemas tem promovido vários danos à aprendizagem de matemática no Ensino Médio. Educadores despreparados, mentores de práticas sem intencionalidade, colaboram de maneira bastante expressiva para o surgimento desse contexto, o que certamente exige uma investigação muito mais intensa na busca por melhores formas de agir e de pensar com relação ao referido processo.
Sem dúvida o trabalho com resolução de problemas possibilita ao aprendiz desenvolver capacidades para apreciar assuntos nas mais diversas instâncias, inserindo-o, inclusive, como agente produtor e questionador de fatos sociais. O ser matemático também é beneficiado, pois as inúmeras atribuições dessa metodologia assistem para o aparecimento de facilidades no tratamento de questões de gerenciamento de dados e de raciocínio lógico, determinando ótimos resultados nas aplicações de álgebra e de aritmética, por exemplo.
Para que haja melhoramento na prática educativa que envolve a solução de problemas é indispensável que o professor de matemática de Ensino Médio desempenhe uma atitude favorável a esse procedimento, desenvolvendo em si mesmo a vontade de saber mais sobre a sistemática e percebendo as coisas boas que ela pode oportunizar aos aprendizes em forma de conhecimento.
O professor de Ensino Médio que estabelece uma relação despreocupada com a estratégia de solução de problemas não consegue alcançar os objetivos pretendidos para suas atividades, até porque o desinteresse acaba contaminando todo o processo que está sendo desenvolvido. A falta de ações escolares conjuntas também é responsável pelas deficiências no uso de resolução de problemas nas classes de nível médio. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (BRASIL, 2000, p. 55):

Quando a escola promove uma condição de aprendizado em que há entusiasmo nos afazeres, paixão nos desafios, cooperação entre os partícipes, ética nos procedimentos, está construindo a cidadania em sua prática, dando as condições para a formação dos valores humanos fundamentais, que são centrais entre os objetivos da educação.
      
Isso mostra a necessidade de propostas interligadas dentro do contexto escolar, pois as mesmas são capazes de difundir atitudes e intenções de um modo muito mais efetivo do que se fossem idealizadas e realizadas de forma isolada.
Por fim, conclui-se que o ensino de matemática por meio de resolução de problemas no Ensino Médio não pode ser deixado de lado, tamanha a importância de suas contribuições. No entanto, é preciso que a prática docente esteja aberta a novos entendimentos para que possa perceber os melhores caminhos a serem seguidos, evitando a ocorrência de lacunas.


6 REFERÊNCIAS

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais, Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias, Ensino Médio. Brasília: MEC/SEF, 2000. p. 40-55. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12598publicacoes&catid=195:seb-educacaobasica>. Acesso em: 19 set. 2009.

DEMO, P. Educação e qualidade. In: FERREIRA, Cleonice. P. A metodologia da resolução de problemas na primeira série do Ensino Médio: experiência e considerações. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov/portals/pde/arquivos/846-4.pdf>. Acesso em: 22 set. 2009.

POLYA, George. A arte de resolver problemas, um novo aspecto matemático. 2. ed. Rio de Janeiro: Interciência, 1995.

POZO, J. I. Resolução de problemas. In: MACHADO, Elisa S. Modelagem matemática e resolução de problemas. Porto Alegre: PUCRS, 2006. Disponível em: <http://tede.pucrs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=939>. Acesso em: 21 set. 2009.

SCHOENFELD, Alan H. A resolução de problemas e o ensino-aprendizagem de Matemática. In: BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais, Matemática , 5ª a 8ª série. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12657%3Aparametros-curriculares-nacionais-5°-a-8°-series&catid=195%3Aseb-educacaobasica&Itemid=859>. Acesso em: 19 set. 2009.


PROBLEMS IN SECONDARY EDUCATION RESOLUTION: NOTES ABOUT YOUR PRACTICE AND DISAPPOINTMENTS EDUCATIONAL
 
ABSTRACT



That Graduation Work will address the use of problem-solving method in mathematics education, with emphasis on high school characteristics, in view of the difficulties and proposals for better applications of the process. The practice involves solving problems is inserted in a context of benefits that enables the learner to develop competencies and skills conducive to learning mathematics itself as a science, as well as the formation of knowledge that contribute to the fiscal year. In high school this situation has been realized in its entirety, as many educators have shown disagreements regarding the use of the method, which confirms the need to seek better understand the issue, pointing including possible improvements.
 
Keywords: Troubleshooting; High School; Difficulties and possible improvements.

SUGESTÃO DE OFICINA DE MATEMÁTICA (UNIDADE, DEZENA, CENTENA/ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO - 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL)

Diego Sebastião Fagundes
Encontro Educacional: SUGESTÃO DE OFICINA DE MATEMÁTICA (UNIDADE ...
Fonte: Google imagens


* Turma: 3º Ano do Ensino Fundamental

Conteúdos:
- Unidade, dezena e centena;
- Adição e Subtração.

Objetivos:
- Exercitar conceitos e conhecimentos relacionados à unidade, dezena e centena, e ainda adição e subtração, através de jogos pedagógicos/materiais manipuláveis;
- Estimular o raciocínio lógico matemático;
- Desenvolver o convívio com regras.

Justificativa: Considerando as dificuldades encontradas pelos educandos em internalizar as interações abstratas dos conceitos de unidade, dezena e centena, e ainda das operações de adição e subtração no 3º Ano do Ensino Fundamental, produzir-se-á uma oficina pedagógica com o uso de jogos matemáticos/materiais manipuláveis, tendo em vista que a aplicação desse método possui características que possibilitam melhores resultados nos processos de aprendizagem.

Metodologia:

Trabalho com o geoplano

            Primeiramente formar duplas; em seguida entregar um geoplano de 10 pregos x 10 pregos para cada dupla juntamente com uma porção de atilhos de borracha. Após, familiarizar os estudantes com o geoplano (deixar alguns minutos para que formem livremente figuras com as borrachinhas); depois questionar: quais são as colunas? E as linhas? Quantos pregos tem em cada? (estimular noções de vertical e horizontal, esquerda e direita; solicitar que as duplas envolvam determinadas linhas e colunas com as borrachinhas).
            Mais tarde, orientar os aprendizes para que representem os números naturais no geoplano (o estudante deverá envolver os pregos que representam as quantidades pedidas, a partir da primeira coluna – esquerda para a direita; a regra é que em cada coluna só será possível ocupar 10 pregos; quando passar desta quantidade utilizar outra coluna: por exemplo, o numeral 13; ocupar os 10 pregos da primeira coluna, e os 3 pregos da segunda).
            Por fim, trabalhar a composição de números no geoplano (rememorar unidade, dezena e centena). Combinar com os aprendizes que cada prego equivale a uma unidade; em seguida questionar; “Então, quanto é uma dezena no geoplano?” – chamar a atenção para as colunas e linhas; “Como você representaria uma centena? É possível representar duas centenas?”. Após, orientar para que representem números no geoplano, e em seguida questionar: “Por exemplo, no número 22, quantas colunas completas você utilizou? O que representam estas colunas no número 22? Quantas dezenas você representou? E unidades?”, etc.

Trabalho com jogo de adição e subtração

            Nessa etapa os estudantes (permanecendo em duplas) irão construir um dominó de adição e subtração. Usando folhas de cartolina, régua e canetinhas, vão desenhar 28 retângulos de 3x6cm, com uma linha vertical no meio de cada um, de forma que de um lado estejam as operações e de outro as respostas (as operações e respostas vão ser escritas no quadro pelo professor e copiadas pelos alunos nos retângulos). Em seguida, com o uso de tesourinha, os alunos vão recortar as peças, embaralhar e jogar como um dominó comum (havendo dificuldades com o cálculo mental, deixar livre para o uso de feijões no auxílio a contagem e rascunho para armar os cálculos).

Recursos:


- Geoplanos, borrachinhas, cartolina, régua, canetinha, tesourinhas, feijões.

ARTIGO: A IMPORTÂNCIA DE CONHECER A LIBRAS PARA O EDUCADOR

Fonte: Google Imagens
Diego Sebastião Fagundes

RESUMO

Da mesma forma que a Língua Portuguesa está para nós ouvintes, ou seja, como primeira língua, a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) está para os surdos. Sendo assim, é necessário que os educadores conheçam e interiorizem todo o contexto que rege essa que não é uma simples simbologia, mas uma verdadeira forma de linguagem encarregada de transmitir todo um articulado de emoções, e que está cada vez mais presente em nossas salas de aula e no cotidiano em si.

Palavras-chave: Língua Brasileira de Sinais; Surdos; Educadores.

1 INTRODUÇÃO

            Muitas pessoas consideram a LIBRAS como um simples mecanismo de codificação, pelo qual se substitui a fala por sinais.
            Na verdade, a LIBRAS é bem mais do que isso, pois sua estrutura mostra-se bastante complexa, sendo necessária além da destreza nos gestos, uma sensível percepção das emoções envolvidas, acompanhamento facial e corpóreo, além é claro do perfeito conhecimento de cada sinal. Nas escolas, a inclusão de deficientes auditivos é cada vez maior, por isso a necessidade dos profissionais em educação terem conhecimento dessa forma de linguagem.
            Esse artigo trata da importância do estudo e conhecimento da LIBRAS por parte dos educadores, porque dessa forma estarão ratificando o verdadeiro ideal de inclusão escolar, social e de valorização humana.


2 LIBRAS: UM DESPERTAR PARA A PLENITUDE DO SURDO

            De acordo com Dizeu (2004), “Quando a sociedade ouvinte marginaliza o surdo e não o respeita como cidadão com deveres e direitos diante da sociedade, isso cria um estigma de deficiente que não o leva a se desenvolver plenamente”. Apesar de, aos poucos, o surdo estar tendo uma maior valorização, ainda percebe-se algumas situações preocupantes relacionadas a atitudes de indiferença e inclusive de preconceito. Nesse sentido, a formalização da LIBRAS é de fundamental importância, pois possibilita ao surdo a abertura de novos caminhos, antes quase que totalmente ocultados pela falta de uma linguagem de maior referência.
            Os gestos e sinais são a principal forma de comunicação do surdo, tanto com pessoas ouvintes como com pessoas também surdas. Nesse processo, a LIBRAS adquire uma tarefa importantíssima, como descreve Dizeu (2004): “A língua de sinais representa um papel expressivo na vida do sujeito surdo, conduzindo-o, por intermédio de uma linguagem estruturada, ao desenvolvimento pleno”.  A Língua Brasileira de Sinais, como língua materna do surdo, o torna mais independente à medida que o mesmo consegue expressar muitas de suas idéias e sentimentos que antes eram considerados quase que exclusivos da oralidade.


3 A LIBRAS E O EDUCADOR

            A presença de alunos surdos nas instituições de ensino vem aumentando cada vez mais, desde a Educação Infantil até o Ensino Superior. Diante desse quadro, a necessidade de aperfeiçoamento por parte dos educadores é iminente, e a LIBRAS acaba tornando-se a ferramenta principal que merece vasta dedicação e estudo.
            Segundo Dias (2002), “A procedência da língua de sinais como um dos principais mediadores de conteúdos acadêmicos e da transmissão da cultura surda deve-se ao fato dela ser a língua natural dos surdos e de ter sido construída pela comunidade, ao longo dos anos”. Como se pode ver, a língua de sinais não surgiu só da necessidade do surdo se comunicar, mas também de interagir, se expressar, estudar, reclamar, opinar, amar, enfim. O educador, por sua vez, deve primeiramente respeitar e reconhecer a língua de sinais como língua materna do surdo, da mesma forma que a língua portuguesa é para os ouvintes. Em seguida, é necessário muito empenho no estudo da LIBRAS propriamente dita, pois sua estrutura linguística possui características muito particulares e gestos às vezes bem parecidos, o que pode dificultar o entendimento por parte da pessoa surda, ocasionando inclusive confusões.

           
4 CONCLUSÃO

            O educador, ao ter domínio da LIBRAS, estará um passo a frente dos demais, pois o ingresso de alunos com deficiência auditiva nas classes de ensino regular cresce gradativamente, exigindo dessa forma profissionais qualificados e preparados para o contato com esses educandos.
Muitos professores não dão importância ao conhecimento da língua de sinais, achando que nunca irão precisar da mesma. No entanto, a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais está assegurada em lei específica, e a qualquer momento poderá ser preciso trabalhar com alunos surdos em sala de aula, ou mesmo no convívio do dia-a-dia.
A LIBRAS é uma linguagem de estrutura bastante complexa, porém, componente de suma importância na formação dos educadores em geral, pois seu domínio é sinônimo de oportunidade, inclusão e respeito para com os alunos que não escutam.


5 REFERÊNCIAS

DIAS, Tarcia Regina da S. Uma análise sobre o ensino de LIBRAS a familiares ouvintes de alunos surdos. Disponível em: <http://www.anped.org.br/reunioes/26/trabalhos/tarciareginadasilveiradias.rtf> Acesso em: 03 abr. 2009.

DIZEU, Liliane C. T. de B. A língua de sinais: constituindo o surdo como sujeito. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/es/v26n91/a14v2691.pdf> Acesso em: 03 abr. 2009.

THE IMPORTANCE OF KNOWING THE POUNDS FOR THE EDUCATOR
 
ABSTRACT



Just as the Portuguese language is for us listeners, that is, as a first language, the Brazilian Sign Language (Libras) is for the deaf. Therefore, it is necessary for educators to know and internalize the whole context that governs that it is not a simple symbolism, but a true form of language in charge of transmitting an entire articulated emotions, and that is increasingly present in our rooms classroom and daily life itself.
 

Keywords: Brazilian Sign Language; Deaf; Educators.

SUGESTÃO DE OFICINA DE MATEMÁTICA (NÚMEROS ORDINAIS - 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL)

* Turma: 3º Ano do Ensino Fundamental
Fonte: Google Imagens


Conteúdos:
- Números ordinais.

Objetivos:
- Compreender o conceito e exercitar aplicações de números ordinais utilizando materiais manipuláveis;
- Estimular o raciocínio lógico matemático e o cálculo mental.

Justificativa: Considerando as dificuldades encontradas pelos educandos em entender o conceito e as aplicações de números ordinais no 3º Ano do Ensino Fundamental, produzir-se-á uma oficina pedagógica com o uso de materiais manipuláveis, tendo em vista que o emprego dessa sistemática possui características que possibilitam melhores resultados nos processos de aprendizagem.

Metodologia:

Trabalho com números ordinais


            Antes de dar início à atividade, rememorar números ordinais em conjunto com os estudantes (conceito, utilização, exemplos, enfim); após, explicar a prática em si (antes de tudo, formar duplas de alunos pelo número da chamada: o 1 e o 2; o 3 e o 4; etc.; em seguida, explicar que vamos utilizar cartolina branca, régua, lápis, borracha, cola e tesoura para confeccionarmos miniaturas de prédios de quatro andares, para que possamos analisar a ordem dos pisos (1º, 2º, 3º e 4º). Mais tarde, orientar que cada participante da dupla fará uma etapa do trabalho (estimular a divisão das tarefas); depois, pedir para os aprendizes riscarem na cartolina um retângulo de 44 x 40 cm; no lado que tem 44 cm marcar quatro divisões, sendo três de 10 cm e uma de 11 cm (essas divisões irão servir para dobrar e montar o corpo do prédio; o 1 cm que sobra da última divisão é onde será colado); já na parte que tem 40 cm marcar cinco divisões de 8 cm (essas divisões apenas delimitarão os andares, sendo que os alunos poderão desenhar janelas nos mesmos). Após o desenho, o recorte, as dobras e a colagem, o prédio estará quase pronto; faltará apenas colar o “teto” que será produzido de acordo com as medidas do prédio; o chão será uma folha de papel dobradura onde todas as duplas fixarão seus prédios. A partir dessa etapa, visualizar com os aprendizes as dimensões do prédio: quanto cm tem de altura, de largura, quanto de altura teria cada apartamento (andar, piso), enfim; em seguida perguntar: “Qual é o 1º andar? E o 2º?” (mostrar que nos prédios a ordem começa de baixo para cima; questionar sobre quantos andares tem o prédio que construíram; propor pequenos desafios: “E se eu quisesse ir do 2º ao 4º andar, quantos teria de percorrer?” Enfim.).

Recursos:

- Tesourinhas, lápis, borracha, cola, cartolina, papel dobradura, régua.

ARTIGO: A ESTATÍSTICA NO COTIDIANO ESCOLAR

Diego Sebastião Fagundes

Fonte: Google Imagens
RESUMO

A utilização de dados estatísticos se faz presente nas mais diversas áreas e sua importância cresce à medida que a necessidade de resultados precisos também aumenta de forma significativa. Na escola não deve ser diferente, pois os vários indicadores auxiliam na tomada de boas decisões; já na sala de aula os alunos precisam aprender a trabalhar com estatística para criticar e realizar uma melhor análise de confiabilidade daquilo que lhes é apresentado no dia-a-dia através da mídia.

Palavras-chave: Estatística; Escola; Análise de confiabilidade.


1 INTRODUÇÃO

            É através de apontamentos estatísticos que vários setores como governos e empresas gerenciam melhor suas atividades, obtendo padrões de eficácia e de desempenho bem superiores.
            Já nas escolas isso às vezes passa despercebido pelos gestores que não se dão conta dos altos índices de repetência, de evasão, da diminuição de alunos etc., e então, sem uma verdadeira análise, demoram muito mais para encontrar soluções para determinado problema.
O estudo de estatística na educação básica é bastante limitado, e por isso os acadêmicos acabam encontrando dificuldades com essa disciplina no Ensino Superior, ficando inclusive mais expostos a julgamentos errôneos.
            Esse artigo trata da importância do estudo e conhecimento de Estatística no cotidiano escolar, tanto pelos gestores quanto por professores e alunos.


2 ESTATÍSTICA: SUBSÍDIO IMPRESCINDÍVEL NA GESTÃO ESCOLAR

            Na administração das escolas a coleta de dados estatísticos (número de alunos, porcentagem de masculinos e femininos, defasagem idade/série, índices de repetência, enfim) se faz presente em inúmeras etapas do trabalho, no entanto, na maioria das vezes, os mesmos são enviados às Secretarias de Educação, que por sua vez enviam ao Ministério da Educação, que é quem se encarrega de realizar a demorada análise dos dados. Ou seja, delongam-se anos para que se verifique que os indicadores de repetência, por exemplo, estão muito elevados em uma determinada escola, e aí a solução que precisava ser rápida acaba se prolongando ainda mais, e os alunos ficam sendo os verdadeiros prejudicados com um ensino de má qualidade que teve como agente apassivador a gestão da escola, pois foi a primeira a ter acesso aos dados de elevada repetência, e era então quem poderia buscar melhorias imediatamente.

3 A IMPORTÂNCIA DA ESTATÍSTICA EM SALA DE AULA

            O professor deve trabalhar estatística não só com o intuito de que o aluno compreenda os conhecimentos específicos dessa ciência, mas principalmente com a intenção de que o mesmo desenvolva competências para realizar a análise crítica de dados, gráficos e tabelas.
            Segundo Paris21 (2000), “Estatísticas de boa qualidade (...) aprimoram a transparência e a responsabilidade quanto à prestação de contas na elaboração de políticas públicas, dois elementos essenciais para uma governança adequada, pois permitem que os eleitores avaliem o sucesso de políticas governamentais (...)”. Nesse trecho percebe-se a importância dos dados estatísticos no que se refere ao campo político, pois, através deles, a população tem a oportunidade de fiscalizar e opinar sobre a aplicação dos recursos públicos. Por outro lado, é necessário que o cidadão esteja bem informado e também enrustido de um mínimo de conhecimento estatístico, porque senão correrá o risco de ser enganado por informações distorcidas e enganosas, como por exemplo, gráficos mal elaborados. Daí a importância da estatística em sala de aula, pois é na fase escolar que estará sendo formada uma base sólida nesse sentido.
            O estudo de estatística e probabilidade pode envolver várias áreas do conhecimento, como descreve Lisbeth K. Cordani (2000): “(...) o conhecimento de elementos de Probabilidade e Estatística por parte dos alunos facilitará a realização de trabalhos interdisciplinares e os professores serão os facilitadores deste desenvolvimento”. Sendo assim, abre-se a possibilidade de serem analisados indicadores como mortalidade infantil, crescimento populacional, dados da própria turma ou escola, da casa do educando, índices agrícolas, de preços, enfim. Esse trabalho interdisciplinar será ainda mais atraente aos alunos e menos distante também.


4 CONCLUSÃO

Por fim, percebe-se a importância da estatística para os diversos segmentos da sociedade, inclusive a escola.
No ambiente escolar, o uso de estatística acontece frequentemente através do levantamento de dados pela administração das instituições, no entanto, é preciso que as mesmas realizem também a análise imediata dos indicadores obtidos, e ajam a partir deles. Em sala de aula, o professor deve levar o aluno a desconfiar das apresentações estatísticas que observa no dia-a-dia, criticando-as.


5 REFERÊNCIAS

CORDANI, Lisbeth K. Estatística para todos. Disponível em: <http://wwwredabe.org.br> Acesso em: 25 mai. 2009.

PARIS21. A importância da estatística no desenvolvimento mundial. Disponível em: <http://www.paris21.org/documents/2575.pdf> Acesso em: 25 mai. 2009.


STATISTICS ON SCHOOL EVERYDAY
 
 
ABSTRACT

The use of statistics is present in several areas and their importance grows as the need for accurate results also increases significantly. The school should not be different because the various indicators help in making good decisions; already in the classroom students need to learn to work with statistics to criticize and achieve better reliability analysis of what is presented to them on a day-to-day through the media.


Keywords: Statistics; School; Reliability analysis.