Na última década o Brasil teve um momento de
significativas conquistas em diversos setores. Para a educação, uma das
conquistas mais comemoradas foi a do aumento do número de brasileiros que
passaram a possuir diploma universitário.
Para essa nova realidade contribuíram vários aspectos,
dentre os quais os programas de incentivo do governo, a ampliação e
flexibilização da educação a distância e o crescimento da economia, que por sua
vez impulsionou o rendimento médio da população. Embora essa conquista seja
indiscutivelmente excelente do ponto de vista socioeconômico, há de se destacar
que o aumento do número de universitários não foi acompanhado pelo aumento na
qualidade do ensino a eles oferecido.
Essa constatação é óbvia e perceptível em diversas
áreas. Todos os dias os noticiários divulgam dados estatísticos que demonstram
a falta de mão-de-obra qualificada, ou seja, os estudantes saem da universidade
despreparados para enfrentar a realidade profissional no mercado de trabalho.
Quantas vezes se houve dizer que “na universidade é uma coisa, na prática é
outra”. Como assim? Então a universidade não prepara para a prática?
A mesma situação ocorre na Educação Básica, onde a
preocupação é a de atingir metas quanto ao maior número de matrículas nas
escolas, ao passo que a qualidade vem ficando de lado. Hoje temos um país onde
o modelo educacional visa à quantidade e se esquece da qualidade, fator esse
que entrava o crescimento como um todo e causa atrasos em todos os sentidos.
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