terça-feira, 1 de dezembro de 2015

SUGESTÃO DE ATIVIDADE (A partir do 3º Ano do Ensino Fundamental - Matemática - Raciocínio lógco, adição, multiplicação)

Fonte: Google Imagens
* Tema: Descobrindo o número

* Objetivos:

- Desenvolver o raciocínio lógico matemático;

- Exercitar cálculos de adição e multiplicação.

* Proposta de trabalho:

O professor pede que cada aluno escolha um número de 1 a 10, sem revelar qual escolheu, e então multiplique (cálculos no caderno) por 5, ao resultado some 6, ao resultado multiplique por 4, ao resultado some 9 e, por fim, ao resultado multiplique por 5. O resultado final obtido será informado ao educador, um aluno por vez; o professor "adivinha" o número que cada estudante escolheu da seguinte forma: o "segredo" é que os dois últimos algarismos do resultado informado sempre formarão 65. O professor então deixa-os de lado e, do número restante, subtrai 1. O resultado é o número escolhido.

Exemplo:

Número escolhido: 6

As operações: 6x5=30; 30+6=36; 36x4=144; 144+9=153; 153x5=765. Tirando o 65 do número 765 fica o 7, de onde se subtrai 1, ficando 6, que é o número escolhido.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

SUGESTÃO DE ATIVIDADE (A partir do 5º Ano do Ensino Fundamental - Matemática - Raciocínio lógico, histórias matemáticas)

Fonte: Google Imagens
* Tema: Situações que envolvem soluções matemáticas

* Objetivos:

- Desenvolver o raciocínio lógico;

- Exercitar a interpretação de histórias matemáticas.

* Proposta de trabalho:

No quadro ou em folhas digitadas, propor que os estudantes resolvam as seguintes situações-problema:

a) Um grupo de dez pessoas é composto de dois avôs, duas avós, três pais, três mães, três filhos, três filhas, duas sogras, dois sogros, um genro, uma nora, dois irmãos e duas irmãs. Será possível?

R. O grupo é formado por dois meninos e duas meninas, com seus pais e mais os pais destes, isto é, os avós maternos e paternos das crianças.

b) Um grupo de homens foi a uma lanchonete. Eram dois pais e dois filhos. Cada um gastou R$ 5,00. Qual é a menor conta possível?

R. R$ 15,00, porque um dois pais era filho do outro.

c) Na família Oliveira, cada filha tem o mesmo número de irmãos e irmãs, e cada filho tem duas vezes mais irmãs do que irmãos. Quantos filhos e filhas há na família Oliveira?

R. Quatro filhas e três filhos.

d) Três homens querem atravessar um rio. O barco que possuem tem a capacidade máxima para 150 quilos. Eles pesam 50, 75 e 120 quilos. Como podem atravessar sem afundar o barco?

R. Primeiro vão os dois mais leves. Lá chegando, o barco volta com um deles. Então o mais pesado sobe sozinho e vai para o outro lado. O que estava lá volta, para buscar o que havia ficado.

e) Qual o peso de um peixe, se ele pesa 10 quilos a mais que a metade do seu peso?

R. 20 quilos.

f) Como tirar 1 de 19 e ficar com 20?

R. Tirando I de XIX = XX

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

SUGESTÃO DE ATIVIDADE - Anos Iniciais do Ensino Fundamental (Ed. Física/Interdisciplinar)

Fonte: Google Imagens
* Tema: Memorização de nomes

* Objetivos:

- Desenvolver a memorização e fixação de nomes, palavras ou conceitos simples;

- Promover a socialização;

- Estimular a agilidade e rapidez.


* Proposta de trabalho:

Atividade realizada ao ar livre. Dispor os estudantes em círculo, todos em pé, sendo escolhido pelo professor um aluno para ficar bem no centro, em local assinalado. Este que está no centro diz o nome de dois colegas, os quais imediatamente têm que trocar de lugar entre si, sendo que este do centro tem que tentar ocupar o lugar de um daqueles que ele disse o nome. Aquele que não conseguir ocupar um local vago vai para o centro e reinicia o processo com o nome de dois novos colegas. Os colegas chamados na última rodada não podem ser chamados na seguinte. Esta atividade pode ser realizada no início das aulas com o intuito de auxiliar a memorização dos nomes dos colegas. Variações: Ao invés dos nomes dos alunos, podem ser atribuídos nomes de outras coisas a cada estudante, como, por exemplo, nomes de frutas, países, estados, numerais, enfim, aquilo que o professor deseja trabalhar. Também pode variar a quantidade de nomes chamados, três, quatro, cinco, ou mesmo todos: "Todos os alunos"; "Todas as frutas"; "Todas as cidades", aí todos se movimentam ao mesmo tempo.

domingo, 13 de setembro de 2015

SUGESTÃO DE ATIVIDADE (1º Ano do Ensino Fundamental - Artes)

Fonte: Google Imagens
* Tema:

Criatividade com desenhos


*Objetivos:

- Desenvolver a inventividade e o raciocínio lógico através de atividade lúdica com desenhos;

- Promover a construção de ideias e a sequência lógica de fatos.


* Proposta de trabalho:

Organizar as carteiras em círculo. Dar uma folha de papel em branco para cada aluno. Explicar que os estudantes deverão escrever seus nomes nas folhas que receberam e também fazer um desenho qualquer no tempo de 1 minuto; no final desse tempo os alunos deverão passar a folha para o colega da direita, que por sua vez deverá dar continuidade ao desenho no mesmo prazo, e aí passar novamente para o colega da direita, e assim repetindo este processo até que o desenho retorne para o estudante que o iniciou. Ao final, socializar o trabalho de cada um, falando da ideia inicial que havia, e de como terminou.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

SUGESTÃO DE ATIVIDADE (2° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – Ciências - Partes do corpo humano)

Tema: Partes do corpo humano
Fonte: Google Imagens


Objetivos:

- Desenvolver o raciocínio lógico através de atividade lúdica envolvendo o conhecimento referente ao nome das partes do corpo humano;

- Trabalhar a coordenação motora e a socialização.


Proposta de trabalho:


            O nome da brincadeira é “Meu corpo humano’’. O professor organiza os alunos, um do lado do outro. O educador fica de frente para os estudantes, e diz, por exemplo, ‘’boca’’, mas aponta com o dedo para sua orelha. Os estudantes terão que, rapidamente, apontar com o dedo para a parte de seu próprio corpo que foi falada pelo professor, ou seja, a boca. Quem apontar para a parte errada sai da brincadeira, e os demais continuam, até que sobre apenas um, que será o vencedor. O professor segue da mesma forma, utilizando outras partes do corpo, como nariz, olhos, barriga, etc. Pode ser combinado que a demora em apontar a parte correta determinará a desclassificação do aluno daquela rodada.

sábado, 22 de agosto de 2015

A DESVALORIZAÇÃO DO PROFESSOR: O QUÊ DE ERRADO ACONTECEU?

Fonte: Google Imagens
Seguidamente vemos nos noticiários manchetes sobre violência contra professores ou sobre greves do magistério por melhores salários e condições de trabalho. Frente a essa realidade não há como negar que a profissão de professor enfrenta gigantesca desvalorização.
            Mas como chegamos a esse ponto?
        Para tentar entender esse processo foram elencados alguns tópicos que relatam de forma sistemática fatores e apontamentos que sem dúvida contribuíram significativamente para que esse preocupante quadro chegasse aonde chegou.


PERÍODO PÓS-DITADURA MILITAR

            Com o fim da ditadura militar no Brasil (1985) uma série de transformações ocorreu. O povo, que há décadas sonhava com o término da censura e da repreensão, agora queria “ser livre".
            A partir daí a tão sonhada liberdade já começava a extrapolar na sociedade como um todo, pois antes se podia quase nada, e agora se podia quase tudo; leis e leis foram construídas tratando apenas de direitos. Aqui cabe ressaltar que isso, na verdade, foi e é uma conquista incontestável da sociedade brasileira, pois só quem viveu a ditadura sabe o quão difícil era não poder expressar ideias e opiniões, entre outras tantas restrições impostas pelo regime militar. Porém, o fato é que já naquele momento começávamos a perder o controle da doce democracia, pois, ao invés de termos liberdade com ordem, passamos a ter liberdade com desordem (aumento da corrupção, do desrespeito as instituições sociais – deteriorização da família, da banalização da criminalidade). Uma frase bastante utilizada na época dizia: “liberdade sem limites”.
Nas escolas, até então, imperava o modelo tradicional, bastante técnico e ainda rígido. Com esse novo contexto sociopolítico, a figura de respeito do professor passou a perder espaço, pois a liberdade sem limites ganhou tamanha proporção (distorção) que já não era mais o mestre que detinha o domínio das ações em sala de aula, e sim o estudante. Vários filmes, caricaturas e novelas passaram a mostrar cenas onde o professor era visto ou como figura que dava medo, ou como figura de deboche, muitas vezes humilhado pelos alunos, onde a ideia central era fazer com que o estudante “desse uma lição” naquele ser tenebroso ou medíocre, e saísse como mocinho, heroi da história.
A liberdade de expressão e a pedagogia da autonomia eram importantes realidades que começavam a surgir com destaque, no entanto, o medo de impor regras e restrições por alusão ao período ditatorial fez com que a indisciplina escolar aumentasse de forma bastante significativa.


LEIS QUE ABRANGEM SOMENTE DIREITOS E QUE IGNORAM DEVERES

            No início da década de 1990 o Brasil passou a contar com uma lei excepcional no que se refere aos direitos das crianças e dos adolescentes (ECA). Poucos países no mundo possuem, até hoje, uma lei tão protetiva e respeitada quanto essa. Contudo, um detalhe nesta lei chama muito a atenção: onde estão os deveres das crianças e dos adolescentes? Esse fato desencadeou uma série de consequências negativas, tanto para a sociedade quanto para os próprios jovens.
            As instituições escolares, diante dessa nova legislação, precisaram rever seus regimentos e praticamente excluíram os dispositivos que tratavam de advertências, suspensões e punições aos alunos. O professor, e a escola como um todo, passaram a ser praticamente obrigados a atender qualquer estudante, independentemente se houvesse cometido alguma infração – grave ou não. Nesta etapa o docente acabou perdendo mais uma vez seu espaço de respeito que outrora era inabalado, pois ficou contra a parede por uma legislação que só deu direitos aos estudantes; se um estudante ofender o professor, ou mesmo agredi-lo, praticamente não acontece nada; outrem, uma palavra mais ríspida do educador ou mesmo uma ordem dada pode motivar sérios transtornos ao mesmo. Os pais também foram atingidos com a nova realidade e muitos se depararam com situações conflitantes, como por exemplo, a polêmica da palmada.


AS CONDIÇÕES DO ESTADO OBRIGARAM OS PROFESSORES A PÔR DE LADO SEUS PRECEITOS

            Os indicadores escolares passaram a valer dinheiro. Aluno reprovado ou evadido é sinônimo de perda de repasse de recursos. Mais uma vez o professor perdeu credibilidade, pois antigamente o aluno tinha duas alternativas: ou estudava ou era reprovado. Professor exigente era sinônimo de respeito. Hoje existe pressão sobre o professor que reprova, mesmo que o aluno não tenha atingido os objetivos propostos; essa pressão se deve ao fato de que o estado brasileiro precisa atingir metas e aumentar o percentual de alunos aprovados, e a maneira de “incentivar” os entes da federação a alcançarem esses indicadores é enviar menos verbas, caso não se atinja os índices necessários.
            A mesma sistemática ocorre com a evasão. Antigamente só permaneciam em sala de aula aqueles alunos comprometidos como o trabalho escolar e com a disciplina; quem não queria nada com nada, e que não tinha a cobrança enérgica dos pais, acabava desistindo; dessa maneira o professor era valorizado, pois na aula dele não havia espaço para falta de interesse ou indisciplina. Hoje o educador é praticamente obrigado a atender o aluno desinteressado, o aluno indisciplinado, sendo às vezes preciso bajulá-los para que os mesmos não evadam. Aí vem a tona novamente a interferência do estado, que precisa a qualquer custo diminuir o índice de evasão, sendo que a cada aluno evadido certa quantia de verbas não é repassada.
            Diante desse quadro o professor acabou por largar mão dos seus preceitos profissionais, éticos e morais, pois percebeu que o poder público não está mais interessado na qualidade no que se refere à educação, e sim a quantidade.


BAIXOS SALÁRIOS E EDUCAÇÃO NÃO VISTA COMO PRIORIDADE

Uma das maiores provas da desvalorização dos professores está materializada nos baixos salários. Esta realidade demonstra que a educação no Brasil não é vista como prioridade, e a consequência acaba sendo a baixa qualidade do ensino, pois os melhores profissionais, aqueles mais bem qualificados, preferem não ficar na educação básica, por exemplo, onde estão as menores remunerações e as principais necessidades.


A INVERSÃO DE VALORES

A educação que antes vinha de casa (boas maneiras, hábitos de higiene) começou a ser transferida para as escolas, e o professor, sem outra alternativa, passou a suplementar o papel da família, e hoje em muitos casos se tornou um mero cuidador, onde a função de ensinar acabou por ficar em segundo plano.
Observamos várias vezes na internet ou em revistas imagens que mostram a inversão de valores envolvendo o professor: na imagem de antigamente o professor está acima na “hierarquia”, relata aos pais sobre as dificuldades ou indisciplina do aluno, os quais olham para o filho com ar de cobrança e apoiam o educador; já na imagem de hoje o professor é o último da “hierarquia”, recebe bronca dos pais que só dão apoio ao filho, sendo que este ainda demonstra ar de deboche para com seu mestre. Essa lamentável conjuntura expõe a total falta de valorização para com o professor, que passou a não ter apoio nem dos pais dos estudantes e, em alguns casos, nem de certos seguimentos da sociedade.


O FIM DA DISCIPLINA NO AMBIENTE ESCOLAR

            Por fim, após tantas perdas de espaço e de tantas desvalorizações, o professor passou a conviver, de maneira geral, em um ambiente sem nenhuma disciplina, onde o que prevalece são as vontades dos alunos, dos pais, do estado e, só por último, as dos educadores. Sem disciplina, sem regras, sem limites, não há educação que consiga realmente transformar a realidade. Que valor terá o professor se não for respeitado? O aluno pode sim ser o centro da aprendizagem, o que não pode é o aluno ser o centro do planejamento e da disciplina em sala de aula.


E AGORA, O QUE FAZER?

            Certamente as reflexões acima provocarão discordâncias (seja pela forma de pensar, seja por realidades distintas), mas o fato é que a desvalorização do professor indubitavelmente passa pela maioria dos estágios mencionados.
            Ao ver manifestantes nas ruas com cartazes pedindo a volta da ditadura militar, um salto de preocupação me aflige, pois, definitivamente, este não é o caminho. O rumo certo é a busca por um meio-termo, ou seja, liberdade com limites. Penso que a família, nessa conjuntura toda, é a primeira instituição a ser resgatada.
            O professor e a escola como um todo fazem parte desse contexto, sendo que a valorização dessas instituições decorre da retomada de limites e de valores primordiais, pois não é normal um educador ser agredido pelo aluno ou pelos pais dos alunos; não é normal um educador ser intimidado e ter seu carro riscado por um estudante contrariado, por exemplo, e tudo ficar por isso mesmo.
            De imediato, o que o educador deve fazer é não se conformar com essa realidade; não deve acreditar que precisa, obrigatoriamente, suportar o aluno indisciplinado, suportar as pressões do estado por índices quantitativos e não qualitativos, suportar agressões e humilhações, suportar a falta de condições de trabalho e a baixa remuneração.  Em curto prazo seria necessária a criação de um código a nível nacional, constando, além dos deveres, todos os direitos dos professores, visando com isso resgatar a valorização da categoria.


Vamos seguir na luta para que o professor seja realmente valorizado!

terça-feira, 11 de agosto de 2015

SUGESTÃO DE ATIVIDADE (A partir do 2º Ano do Ensino Fundamental - Ed. Física - Sentidos)

Fonte: Google Imagens
* Tema:

Atividade envolvendo os sentidos

* Objetivos:

- Desenvolver os sentidos através de atividade lúdica;
- Trabalhar a coordenação, ritmo e socialização.

* Proposta de trabalho:


Reunir a turma e formar um círculo; um aluno fica no centro com os olhos vendados. Ao sinal do professor, os estudantes que formam o círculo dão as mãos e cantam uma música conhecida, girando para um lado. O aluno que está no centro espera alguns instantes e bate palmas três vezes; nesse instante todos param onde estão e não emitem mais nenhum barulho. O estudante de olhos vendados então segue até encontrar um colega que forma a roda, e tenta adivinhar quem é através do tato, e também através da voz, pedindo que o mesmo fale alguma coisa (ao falar o aluno indagado deverá disfarçar a voz; não podem ser feitas perguntas óbvias demais). O aluno que adivinhar o nome do colega troca de lugar com o mesmo, caso contrário, segue até conseguir (quando errar, começa tudo novamente - música, roda, palmas).

quinta-feira, 30 de julho de 2015

ARTIGO: A IMPORTÂNCIA DA LEITURA

Diego Sebastião Fagundes
RESUMO

Fonte: Google Imagens
A prática de leitura possibilita o desenvolvimento de importantes competências, e o leitor se beneficia à medida que as características do bom texto são interiorizadas e assimiladas. Atualmente, novos formatos têm provocado mudanças na instrumentalização do ato de ler, porém, sem obstruir as qualidades dos meios tradicionais existentes. Já a escola e o professor devem incentivar a leitura, impulsionando saberes.

Palavras-chave: Prática de leitura; Importantes competências; Novos formatos.

1 INTRODUÇÃO

            O ato de ler promove bem mais do que a simples aquisição de habilidades, pois sua intencionalidade concebida de forma profunda e interativa torna o leitor um ser crítico e atuante nas implicações do dia-a-dia.
            Segundo Gontijo (2005), “A leitura é uma atividade essencial a qualquer área do conhecimento. [...] Permite ao homem situar-se com os outros. Possibilita a aquisição de diferentes pontos de vista e alargamento de experiências. É também um recurso para combater a massificação executada principalmente pela televisão”. Sem dúvida as palavras do autor demonstram toda a eficácia social do ato de ler, e o surgimento de novos instrumentos como a internet, por exemplo, disseminam informações e conhecimentos de todo tipo. Embora a importância dos recursos tecnológicos seja incontestável, principalmente na área educacional, é preciso ter cuidado com relação aos conteúdos obtidos através dos meios virtuais, pois sua confiabilidade muitas vezes pode ser questionável.
            Esse artigo traz de forma sucinta e informal reflexões sobre a importância da leitura, demonstrando seus benefícios no meio educacional e na formação de agentes pensantes.

2 A IMPORTÂNCIA DO ATO DE LER

            Ler é um exercício e sua prática leva ao desenvolvimento do raciocínio, da criatividade e da ampliação de saberes.
            A leitura é também uma porta que se abre para o conhecimento e para a justiça social, como afirma Souza (2007): “O conhecimento pode ser encontrado através da leitura e esta, por sua vez, possibilita formar uma sociedade consciente de seus direitos e de seus deveres; possibilita que estes tenham uma visão melhor de mundo e de si mesmos”. Embora se tenha o fato de que o ato de ler é responsável pela emanação da cultura e do crescimento de um povo, sabe-se que em nosso país o número de leitores ainda é pequeno, se comparado a muitos países da Europa, por exemplo.
            Os recursos tecnológicos influenciam decisivamente na prática de leitura, principalmente no que se refere a livre e rápida escolha do gênero – muitas vezes perigoso. Há também influência na forma de escrever, pois nas trocas de mensagens de texto dos celulares e nos bate-papos e postagens nas redes sociais na internet, o que mais se percebe é a liberdade em cometer erros grotescos de ortografia, assim como em abreviar palavras, das quais, muitas, não se entende nada. Penso que estudantes, jovens e adultos que se utilizam dessa linguagem no mundo virtual, certamente podem vir a enfrentar dificuldades, tanto na leitura como na escrita de um modo geral.

            Sendo assim, acredito que a escola possui um papel fundamental no sentido de incentivar a leitura sadia, seja através de meios impressos, seja através de meios virtuais. O professor deve mediar esse processo e viabilizar oportunidades que objetivem o ato de ler, como inclusive aponta Pereira (2007): “[...] o educador preocupado com a formação do gosto pela leitura deve reservar espaços em que proponha atividades novas [...]. Trata-se de operacionalizar espaços na escola e na sala de aula onde a leitura por fruição-prazer possa ser vivenciada pelas crianças e jovens”. Ainda com relação à importância do empenho do professor para o fortalecimento do hábito de leitura, vale ressaltar que não é só a área de Letras ou de Literatura que deve lutar por essa causa, mas também as demais áreas, inclusive as exatas, como Matemática, por exemplo. Assim estará sendo formada uma base mais sólida e globalizada, dentro de um contexto dinâmico e interdisciplinar.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

            Por fim, verifica-se toda a importância da leitura que, de uma maneira geral, espalha conhecimento e contagia o universo muitas vezes obscuro do leitor.
            Quem lê está em constante movimento e percebe aquilo que se passa ao seu redor. Também está apto a refletir e julgar com bem mais propriedade sobre os acontecimentos ao seu redor, pois a capacidade de interpretação aumenta com a qualidade, volume e ritmo de leitura realizada. Na escola essa prática é ainda mais importante, pois auxilia no desenvolvimento cognitivo do aluno. O educador deve organizar momentos para que a leitura seja edificada e inclusive socializada, como afirma Souza (2007): “Cabe ao professor promover no espaço de aula um espaço interativo, participativo e tentar extrair dos discentes o conhecimento tácito que estes têm para enriquecimento da discussão, uma vez que diversificadas são as multirreferências que compõem cada um”. Dessa forma, entende-se que o trabalho será ainda mais intenso, pois o debate colocará frente a frente os saberes individuais, assim como estará confrontando as diferentes leituras realizadas.
            O docente que não tiver sensibilidade para perceber a importância do ato de ler, certamente deixará irreparáveis lacunas no processo de formação de seus alunos.

5 REFERÊNCIAS

GONTIJO, Antonio T. de S. A importância da leitura na escola de ensino médio: um diferencial de crescimento e enriquecimento cultural, social, intelectual na formação do cidadão no mundo globalizado. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=7898> Acesso em: 11 set. 2009.

PEREIRA, Izaides. A importância da leitura nas Séries Iniciais. Disponível em: <http://www.webartigos.com/articles/3046/1/a-importancia-da-leitura-nas-series-iniciais/pagina1.html> Acesso em: 11 set. 2009.

SOUZA, Leila. A importância da leitura para a formação de uma sociedade consciente. Disponível em: <http://www.cinform.ufba.br/.../f42e0a81e967e9a4c538a2d0b68.pdf> Acesso em: 11 set. 2009.


READING THE IMPORTANCE

ABSTRACT

The reading practice enables the development of important skills, and the reader benefits as the characteristics of good text are internalized and assimilated. Currently, new formats have led to changes in the exploitation of the act of reading, but without obstructing the qualities of the existing traditional media. Already the school and the teacher must encourage reading, driving knowledge.


Keywords: reading practice; Important skills; New formats.

ARTIGO: RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS NO ENSINO MÉDIO: APONTAMENTOS E DESAPONTAMENTOS SOBRE SUA PRÁTICA EDUCATIVA

Diego Sebastião Fagundes
Fonte: Google Imagens

RESUMO

Esse artigo irá abordar o uso do método de resolução de problemas na educação matemática, com ênfase às particularidades do Ensino Médio, tendo em vista as dificuldades e propostas de melhores aplicações do processo. A prática que envolve a solução de problemas está inserida num contexto de benefícios que possibilita ao aprendiz o desenvolvimento de competências e habilidades favoráveis à aprendizagem da própria matemática enquanto ciência, bem como à formação de saberes que contribuem para o exercício social. No Ensino Médio essa conjuntura não tem se concretizado em sua totalidade, pois muitos educadores vêm apresentando desencontros quanto à utilização do método, o que confirma a necessidade de se buscar entender melhor a temática, apontando inclusive possíveis melhorias.

Palavras-chave: Resolução de problemas; Ensino Médio; Dificuldades e possíveis melhorias.


1 INTRODUÇÃO

A resolução de problemas matemáticos promove conhecimentos nas mais diversas modalidades. No Ensino Médio isso não é diferente, no entanto, sente-se a necessidade de ampliar e difundir o método, revendo alguns conceitos necessários à realização de melhores práticas educativas.
O contexto que cerca a resolução de problemas no Ensino Médio – e na educação como um todo – vem sendo pauta de vários estudos ao longo do tempo, tendo em vista à procura por propostas didáticas e metodológicas que favoreçam um aprendizado mais libertador. A necessidade de se saber mais sobre essa sistemática no Ensino Médio também vai de encontro à própria importância da resolução de problemas para o desenvolvimento social e humano dos estudantes. Nesse sentido, cabe valer-nos das palavras de Schoenfeld (apud BRASIL, 1998, p. 40), encontradas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (5ª a 8ª série) que dizem que

A resolução de problemas [...] possibilita aos alunos mobilizar conhecimentos e desenvolver a capacidade para gerenciar as informações que estão a seu alcance. Assim, os alunos terão oportunidade de ampliar seus conhecimentos acerca de conceitos e procedimentos matemáticos bem como de ampliar a visão que têm dos problemas, da matemática, do mundo em geral e desenvolver sua autoconfiança.

Sem dúvida o ensino de matemática por meio de solução de problemas no Ensino Médio é um mecanismo imprescindível, pois consegue contemplar inúmeros saberes ao mesmo tempo, dando sentido à aprendizagem. Além dos benefícios para o desenvolvimento de competências e habilidades dentro da própria educação matemática, o método de resolução de problemas também propicia o surgimento de condições que auxiliam no dia-a-dia do aprendiz, permitindo inclusive torná-lo agente transformador da sociedade.
Apesar de todo o contexto de vantagens do uso de solução de problemas, vários professores de matemática do Ensino Médio têm encontrado dificuldades em aplicar o referido método. Alguns fatores podem estar determinando essa realidade, o que sem dúvida causa prejuízos de aprendizagem à medida em que são realizadas práticas desencontradas ou simplesmente deixa-se de trabalhar com situações-problema.


2 DEFININDO RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Resolver um problema matemático significa utilizar-se de todas as capacidades possíveis para organizar estratégias que viabilizem encontrar um ou mais caminhos que levem aos dados que são desconhecidos ou que estão subentendidos. Essa definição de imediato nos mostra algo que é altamente intrínseco à solução de problemas, ou seja, a necessidade de se encontrar dados ocultos ao resolvedor. Nesse sentido, logo se percebe que a habilidade em resolver problemas não se restringe somente à mecanicidade do ato, pois também estão envolvidas no processo profundas competências matemáticas e de conhecimentos gerais.
Um dos grandes estudiosos sobre o método de resolução de problemas é o húngaro George Polya (1887-1985). Em uma de suas mais famosas obras, “A arte de resolver problemas, um novo aspecto matemático”, ele explica que resolver problemas pode ser entendido como o caminho que percorre a imitação e a prática (POLYA, 1995, p.2-3). Dessa forma, Polya assinala que talvez uma boa estratégia para resolver um problema matemático seja fazer igual a alguém que já solucionou um problema semelhante; praticar bastante a resolução de problemas é outra tática indicada por ele para substanciar melhores resultados com o método.
Já Pozo (apud MACHADO, 2006, p. 30) explica que “A solução de problemas baseia-se na apresentação de situações abertas e sugestivas que exijam dos alunos uma atitude ativa ou um esforço para buscar suas próprias respostas, seu próprio conhecimento”. Nessa afirmação Pozo aponta um olhar mais amplo para a resolução de problemas, no qual o estudante é visto como um investigador e onde a procura é encarada como um meio capaz de cristalizar saberes, sendo talvez, nesse caso, mais importante que o próprio resultado do problema.


3 A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE MATEMÁTICA POR MEIO DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS NO ENSINO MÉDIO

O ensino e aprendizagem de matemática por meio de resolução de problemas é sem dúvida um componente fundamental na busca pelo desenvolvimento de várias capacidades e desenvolturas. No Ensino Médio, em especial, a utilização do método promove o espírito de busca e de inquietação nos estudantes, desencadeando a formação de atitudes criativas, lógicas e que inspiram valores que servem para a vida toda.
No mundo competitivo em que vivemos não existe mais lugar para as inalterabilidades daqueles que continuam sempre do mesmo jeito, fazendo sempre da mesma forma. É preciso inovar e estar atento às mudanças para não ser “pisoteado” pela avalanche de ideias e de informações que estão ao nosso encalço a todo instante. A respeito desse assunto, Demo (apud FERREIRA, 2007) comenta que

A sociedade moderna [...] exige um cidadão capaz de estar à sua frente, comandando o processo exponencial de inovação, não correndo atrás, como se fora sucata. Enfrentar desafios novos, avaliar os contextos socio-históricos, filtrar informações, manter-se permanentemente em processo de formação são responsabilidades inalienáveis para quem procura ser sujeito de sua própria história, não massa de manobra para sustentar privilégios alheios.

O trabalho com solução de problemas no Ensino Médio possui uma função muito importante nesse contexto; a fase de afirmação intelectual por que passam os estudantes, associada a situações-problemas bem formuladas e significativas possibilita o desenvolvimento de aptidões essenciais como criatividade, organização de ideias e senso crítico, as quais incitam um estágio elevado de inovação e de aperfeiçoamento, viabilizando a repaginação do mundo do aprendiz e da sociedade em si.
Atividades matemáticas bem planejadas – principalmente às que envolvem resolução de problemas – oportunizam aos estudantes de nível médio a aquisição de saberes fortemente ligados às precisões do dia-a-dia. Nessa etapa os aprendizes passam por um momento pessoal bastante conturbado, repleto de dúvidas e de escolhas muito difíceis. A educação matemática, nesse caso, desempenha um papel fundamental no sentido de auxiliar no processo; já o método de resolução de problemas, em particular, é um excelente mecanismo de desobstrução que permite o gerenciamento de ideias, o estimulo a tomada de decisões e ainda promove o convívio com regras. As características do trabalho com solução de problemas possibilitam também a imersão dos estudantes nos propósitos de práticas sociais; dependendo do contexto do problema ensina-se, por exemplo, as desvantagens dos juros, os cálculos de taxas de empréstimos e financiamentos, noções de planejamento familiar, poupança, enfim. Com isso os educandos aprendem atitudes importantes para atuar nos mais diversos segmentos da sociedade.
Muitos conteúdos do programa de matemática do Ensino Médio apresentam um grau de abstração considerável. A solução de problemas, por sua vez, contribui para amenizar essa dificuldade, pois no processo de resolução é estimulado o raciocínio lógico matemático, a leitura virtual do campo de dados, além das interações análogas e intuitivas características do tratamento algébrico.
As atribuições do aprendizado por meio da sistemática de resolução de problemas no Ensino Médio são tão significativas que acabam indo além dos cursos de matemática, extrapolando para modelos interdisciplinares, como inclusive ratifica o trecho dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio:

Não somente em Matemática, mas até particularmente nessa disciplina, a resolução de problemas é uma importante estratégia de ensino. Os alunos, confrontados com situações-problema, novas mas compatíveis com os instrumentos que já possuem ou que possam adquirir no processo, aprendem a desenvolver estratégia de enfrentamento, planejando etapas, estabelecendo relações, verificando regularidades, fazendo uso dos próprios erros cometidos para buscar novas alternativas; adquirem espírito de pesquisa, aprendendo a consultar, a experimentar, a organizar dados, a sistematizar resultados, a validar soluções; desenvolvem sua capacidade de raciocínio, adquirem autoconfiança e sentido de responsabilidade; e, finalmente, ampliam sua autonomia e capacidade de comunicação e argumentação (BRASIL, 2000, p.52).

Sendo assim, percebe-se que o uso do método de resolução de problemas no Ensino Médio é importante porque a conjuntura de benefícios que o cerca é capaz de promover visíveis transformações no modo de viver dos estudantes, além é claro de dar nova visão ao modo de estudar matemática. Por isso é tão necessário refletir sobre a busca de melhores práticas educativas frente às dificuldades encontradas no processo que envolve essa metodologia.


4 RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E O ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA NO ENSINO MÉDIO


4.1 A DIFICULDADE EM RESOLVER PROBLEMAS

Os obstáculos que os aprendizes de Ensino Médio vêm encontrando para solucionar problemas matemáticos têm se demonstrado algo muito preocupante, devido principalmente à importância do método de resolução de problemas para a formação de cidadãos pensantes e criativos. Mas por que os estudantes de Ensino Médio encontram tantas dificuldades em resolver problemas? O diagnóstico dessa realidade aponta vários fatores como resposta, os quais interferem direta ou indiretamente na referida problemática.
Um dos aspectos iniciais que deve ser levado em consideração para tentar entender esse desencontro é o que se refere às particularidades do ensino de matemática no nível médio. Nessa etapa os conteúdos abordam situações bastante genéricas, e em geral as práticas educativas direcionam para aprendizagens técnicas e de aproveitamentos puramente mecânicos. Vale lembrar que durante a trajetória escolar a maioria dos procedimentos lúdicos de aprendizagem vão sendo deixados de lado, culminando em atividades excessivamente tradicionais e de pouca motivação; nas turmas de nível médio essa constatação é ainda mais evidente, ocasionando intervenções muitas vezes monótonas e sem significado. É preciso que o lúdico esteja presente em todas as etapas, inclusive no Ensino Médio, no qual a solução de problemas, em especial, é bastante favorecida. Por outro lado, muitos professores entendem que no nível médio os estudantes já estão totalmente desenvolvidos em suas estruturas cognitivas e intelectuais, e aí acabam exigindo dos mesmos respostas muito aquém de suas capacidades. É necessário compreender que na etapa final da educação básica a maioria dos aprendizes são adolescentes, e que portanto carregam consigo todas as angústias e incertezas desse período de transição.
A primeira grande dificuldade que o educando encontra frente à necessidade de resolver um problema matemático está relacionada ao fato de o mesmo não conseguir lembrar de um outro problema no qual identifique semelhanças. Segundo Polya (1995, p.39) “A diferença entre um problema fácil e outro difícil pode estar em conhecer-se ou não um outro problema já anteriormente resolvido, que tenha a mesma incógnita”. No entanto, toda essa realidade existe porque grande parte dos educadores utiliza de forma errada a técnica de imitação sugerida por Polya: isso acontece quando o método é usado para todos os tipos de problemas; quando é usado em problemas muito simples; e principalmente quando é usado de forma direta, sem sugerir que o aluno pense no processo, e apenas substitua os dados. Práticas docentes que não viabilizam novos contornos à sistemática de resolução de problemas baseada no exemplo, também contribuem para o aparecimento de dificuldades.
Dessa mesma forma, situações-problema mal elaboradas e órfãs de um real significado são consideradas verdadeiras portas de entrada para os obstáculos no momento da resolução; isso tudo demonstra a necessidade de tramas mais interessantes e que motivem a curiosidade dos aprendizes para tentar envolvê-los nas atividades. A abstração talvez seja uma das maiores responsáveis pela complexidade em resolver problemas, sobretudo no Ensino Médio. O fato é que a maioria das situações propostas não estimulam o prazer em resolvê-las, pois desdenham de aspectos como afinidade, curiosidade, surpresa e realização pessoal. Muitos professores de matemática, por sua vez, pecam ao não conseguir formular bons problemas a partir das relações com os conteúdos do Ensino Médio.
Percebe-se ainda que o estudo de vários problemas ao mesmo tempo eleva o nível de desgaste dos educandos, pois os mesmos sentem-se angustiados ao visualizar o acúmulo de tarefas que ainda têm pela frente, quando nem ao menos começaram a resolver a primeira questão. Já enunciados demasiadamente extensos e com linguagens obscuras acabam confundindo os aprendizes, desmotivando-os. Em meio a uma época de intensos avanços tecnológicos, onde as respostas são dadas em milésimos de segundo, é complicado propor a um estudante de nível médio que se dedique por horas e horas à resolução de listas e mais listas de situações-problema. Vale também ressaltar que as atividades envolvendo solução de problemas devem estar presentes durante todo o ano letivo, pois um número muito grande de professores promove práticas educativas onde o trabalho com a metodologia de resolução de problemas é realizado como se fora um conteúdo, e não uma estratégia de ensino.


4.2 O PAPEL DO EDUCADOR E AS POSSÍVEIS FORMAS DE MELHORIA NA UTILIZAÇÃO DO MÉTODO

            Algumas atitudes podem determinar mudanças e diminuir as dificuldades no ensino de matemática por meio de resolução de problemas nas classes de nível médio. O professor, nesse caso, desempenha uma função muito importante no sentido de reavaliar sua prática pedagógica e de buscar novas formas de aplicação do processo, visando sempre à promoção de melhorias.
            O sucesso do trabalho com solução de problemas no Ensino Médio – assim como em qualquer etapa – prevê um bom planejamento das atividades, incluindo é claro a motivação inicial dos aprendizes. A devida atenção com esses cuidados permite que o educador sistematize melhor o seu projeto de aprendizagem e não desvie o foco dos objetivos por ele definidos. O educando, por sua vez, ao sentir-se instigado, irá superar o bloqueio frente ao problema e com isso encontrará mais facilidades diante dos caminhos que percorrem a resolução.
Já a opção por problemas que contêm enredos motivadores e linguagens claras possibilita o encaminhamento de melhores resultados com a prática que envolve a solução de problemas. Os aprendizes de Ensino Médio costumam ser bastante ansiosos, por isso o uso de problemas significativos e não muito extensos estimulam bem mais o prazer pelas atividades, determinando inclusive menos dificuldades no processo.
            George Polya sugeriu um esquema composto por quatro fases para auxiliar na aplicação do método de resolução de problemas; essas etapas são, respectivamente: compreender o problema; estabelecer um plano; executar o plano; e revisar a resolução completa (POLYA, 1995, p.3-4). A estratégia proposta por Polya – merecedora de muitos méritos – é bastante utilizada no trabalho com solução de problemas, tanto no Ensino Médio como no Ensino Fundamental. Todavia, vários educadores distorcem essa sistemática, pois, entre outros, generalizam os problemas quanto ao modelo de resolução; impõem o esquema de Polya como sendo um padrão rígido a ser seguido; ou ainda acabam fragmentando o processo de solução ao dividi-lo em blocos que não possuem ligação alguma entre si. As fases apontadas por Polya, assim como o seu conceito de resolver problemas pela imitação, não são apropriados para todos os tipos de situações-problema, pois cada uma tem suas particularidades que requerem tratamentos distintos.

            O professor também precisa perceber os diferentes caminhos que o estudante utiliza para resolver problemas, respeitando-os se estiverem corretos. Alguns educadores impõem barreiras aos aprendizes que solucionam problemas de forma diferente da qual eles ensinaram, principalmente porque não entenderam a maneira que o educando utilizou e/ou porque não querem perder o “domínio” das ações em sala de aula. Deve-se ter em mente que nem todos os estudantes aprendem do mesmo jeito, e que às vezes um determinado modo de resolver problemas é compreendido por um, mas não pelo outro. A intransigência do professor nesse sentido acaba estimulando ainda mais dificuldades com o método de solução de problemas, definindo sérios prejuízos de aprendizagem.
            Outro aspecto que pode melhorar bastante o ensino e aprendizagem de matemática por meio de resolução de problemas no Ensino Médio diz respeito às interações interdisciplinares. No momento em que o professor for elaborar um problema precisa levar em consideração as conjunturas de diversas áreas, e não só o espaço proposto pelo plano de estudos da disciplina ou pelos laços matemáticos em si. Questões atuais presentes na comunidade, na TV ou na internet, quando colocadas em forma de situações-problema, possibilitam um envolvimento muito maior dos estudantes, pois os mesmos estarão vivenciando algo que é bem mais atraente, familiar e positivo.
Também é imprescindível que o educador internalize e “dê vida” à prática docente no instante em que for solucionar um problema em sala de aula. As palavras de Polya (1995, p.3) confirmam essa necessidade:

[...] quando o professor resolve um problema em aula, deve dramatizar um pouco suas idéias e fazer a si próprio as mesmas indagações que utiliza para ajudar os alunos. Graças a esta orientação, o estudante acabará por descobrir o uso correto das indagações e sugestões e, ao fazê-lo, adquirirá algo mais importante do que o simples conhecimento de um fato matemático qualquer.

            O aprendiz, na verdade, consegue sentir a situação bem mais de perto quando o educador dá significado ao problema que está sendo esclarecido; sem esse recurso o educando irá se transformar num mero objeto, alienado em um ambiente técnico e de aprendizagens pouco envolventes. Através dessa perspectiva percebe-se a importância que a afetividade possui também para as classes de nível médio, e que a falta desse sentimento pode gerar conflitos nas relações em sala de aula, implicando em dificuldades nos processos didáticos de ensino e aprendizagem.
            A implementação de ações conjuntas no ambiente escolar – tanto no Ensino Médio como em qualquer outra etapa – estimula significativos avanços na procura por aplicabilidades mais satisfatórias com a metodologia de solução de problemas. Iniciativas desse tipo permitem que os professores troquem ideias sobre suas experiências profissionais, sistematizando sugestões de planejamentos, mediações de atividades, além de dicas sobre o aprendizado nas classes de nível médio. Essa integração nas escolas aproxima não só os docentes de matemática, mas também os docentes das demais áreas, proporcionando um modo de ensino mais completo e propício a bons resultados.


5 CONCLUSÃO

A existência de complicações no emprego do método de solução de problemas tem promovido vários danos à aprendizagem de matemática no Ensino Médio. Educadores despreparados, mentores de práticas sem intencionalidade, colaboram de maneira bastante expressiva para o surgimento desse contexto, o que certamente exige uma investigação muito mais intensa na busca por melhores formas de agir e de pensar com relação ao referido processo.
Sem dúvida o trabalho com resolução de problemas possibilita ao aprendiz desenvolver capacidades para apreciar assuntos nas mais diversas instâncias, inserindo-o, inclusive, como agente produtor e questionador de fatos sociais. O ser matemático também é beneficiado, pois as inúmeras atribuições dessa metodologia assistem para o aparecimento de facilidades no tratamento de questões de gerenciamento de dados e de raciocínio lógico, determinando ótimos resultados nas aplicações de álgebra e de aritmética, por exemplo.
Para que haja melhoramento na prática educativa que envolve a solução de problemas é indispensável que o professor de matemática de Ensino Médio desempenhe uma atitude favorável a esse procedimento, desenvolvendo em si mesmo a vontade de saber mais sobre a sistemática e percebendo as coisas boas que ela pode oportunizar aos aprendizes em forma de conhecimento.
O professor de Ensino Médio que estabelece uma relação despreocupada com a estratégia de solução de problemas não consegue alcançar os objetivos pretendidos para suas atividades, até porque o desinteresse acaba contaminando todo o processo que está sendo desenvolvido. A falta de ações escolares conjuntas também é responsável pelas deficiências no uso de resolução de problemas nas classes de nível médio. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (BRASIL, 2000, p. 55):

Quando a escola promove uma condição de aprendizado em que há entusiasmo nos afazeres, paixão nos desafios, cooperação entre os partícipes, ética nos procedimentos, está construindo a cidadania em sua prática, dando as condições para a formação dos valores humanos fundamentais, que são centrais entre os objetivos da educação.
      
Isso mostra a necessidade de propostas interligadas dentro do contexto escolar, pois as mesmas são capazes de difundir atitudes e intenções de um modo muito mais efetivo do que se fossem idealizadas e realizadas de forma isolada.
Por fim, conclui-se que o ensino de matemática por meio de resolução de problemas no Ensino Médio não pode ser deixado de lado, tamanha a importância de suas contribuições. No entanto, é preciso que a prática docente esteja aberta a novos entendimentos para que possa perceber os melhores caminhos a serem seguidos, evitando a ocorrência de lacunas.


6 REFERÊNCIAS

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais, Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias, Ensino Médio. Brasília: MEC/SEF, 2000. p. 40-55. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12598publicacoes&catid=195:seb-educacaobasica>. Acesso em: 19 set. 2009.

DEMO, P. Educação e qualidade. In: FERREIRA, Cleonice. P. A metodologia da resolução de problemas na primeira série do Ensino Médio: experiência e considerações. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov/portals/pde/arquivos/846-4.pdf>. Acesso em: 22 set. 2009.

POLYA, George. A arte de resolver problemas, um novo aspecto matemático. 2. ed. Rio de Janeiro: Interciência, 1995.

POZO, J. I. Resolução de problemas. In: MACHADO, Elisa S. Modelagem matemática e resolução de problemas. Porto Alegre: PUCRS, 2006. Disponível em: <http://tede.pucrs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=939>. Acesso em: 21 set. 2009.

SCHOENFELD, Alan H. A resolução de problemas e o ensino-aprendizagem de Matemática. In: BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais, Matemática , 5ª a 8ª série. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12657%3Aparametros-curriculares-nacionais-5°-a-8°-series&catid=195%3Aseb-educacaobasica&Itemid=859>. Acesso em: 19 set. 2009.


PROBLEMS IN SECONDARY EDUCATION RESOLUTION: NOTES ABOUT YOUR PRACTICE AND DISAPPOINTMENTS EDUCATIONAL
 
ABSTRACT



That Graduation Work will address the use of problem-solving method in mathematics education, with emphasis on high school characteristics, in view of the difficulties and proposals for better applications of the process. The practice involves solving problems is inserted in a context of benefits that enables the learner to develop competencies and skills conducive to learning mathematics itself as a science, as well as the formation of knowledge that contribute to the fiscal year. In high school this situation has been realized in its entirety, as many educators have shown disagreements regarding the use of the method, which confirms the need to seek better understand the issue, pointing including possible improvements.
 
Keywords: Troubleshooting; High School; Difficulties and possible improvements.

SUGESTÃO DE OFICINA DE MATEMÁTICA (UNIDADE, DEZENA, CENTENA/ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO - 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL)

Diego Sebastião Fagundes
Encontro Educacional: SUGESTÃO DE OFICINA DE MATEMÁTICA (UNIDADE ...
Fonte: Google imagens


* Turma: 3º Ano do Ensino Fundamental

Conteúdos:
- Unidade, dezena e centena;
- Adição e Subtração.

Objetivos:
- Exercitar conceitos e conhecimentos relacionados à unidade, dezena e centena, e ainda adição e subtração, através de jogos pedagógicos/materiais manipuláveis;
- Estimular o raciocínio lógico matemático;
- Desenvolver o convívio com regras.

Justificativa: Considerando as dificuldades encontradas pelos educandos em internalizar as interações abstratas dos conceitos de unidade, dezena e centena, e ainda das operações de adição e subtração no 3º Ano do Ensino Fundamental, produzir-se-á uma oficina pedagógica com o uso de jogos matemáticos/materiais manipuláveis, tendo em vista que a aplicação desse método possui características que possibilitam melhores resultados nos processos de aprendizagem.

Metodologia:

Trabalho com o geoplano

            Primeiramente formar duplas; em seguida entregar um geoplano de 10 pregos x 10 pregos para cada dupla juntamente com uma porção de atilhos de borracha. Após, familiarizar os estudantes com o geoplano (deixar alguns minutos para que formem livremente figuras com as borrachinhas); depois questionar: quais são as colunas? E as linhas? Quantos pregos tem em cada? (estimular noções de vertical e horizontal, esquerda e direita; solicitar que as duplas envolvam determinadas linhas e colunas com as borrachinhas).
            Mais tarde, orientar os aprendizes para que representem os números naturais no geoplano (o estudante deverá envolver os pregos que representam as quantidades pedidas, a partir da primeira coluna – esquerda para a direita; a regra é que em cada coluna só será possível ocupar 10 pregos; quando passar desta quantidade utilizar outra coluna: por exemplo, o numeral 13; ocupar os 10 pregos da primeira coluna, e os 3 pregos da segunda).
            Por fim, trabalhar a composição de números no geoplano (rememorar unidade, dezena e centena). Combinar com os aprendizes que cada prego equivale a uma unidade; em seguida questionar; “Então, quanto é uma dezena no geoplano?” – chamar a atenção para as colunas e linhas; “Como você representaria uma centena? É possível representar duas centenas?”. Após, orientar para que representem números no geoplano, e em seguida questionar: “Por exemplo, no número 22, quantas colunas completas você utilizou? O que representam estas colunas no número 22? Quantas dezenas você representou? E unidades?”, etc.

Trabalho com jogo de adição e subtração

            Nessa etapa os estudantes (permanecendo em duplas) irão construir um dominó de adição e subtração. Usando folhas de cartolina, régua e canetinhas, vão desenhar 28 retângulos de 3x6cm, com uma linha vertical no meio de cada um, de forma que de um lado estejam as operações e de outro as respostas (as operações e respostas vão ser escritas no quadro pelo professor e copiadas pelos alunos nos retângulos). Em seguida, com o uso de tesourinha, os alunos vão recortar as peças, embaralhar e jogar como um dominó comum (havendo dificuldades com o cálculo mental, deixar livre para o uso de feijões no auxílio a contagem e rascunho para armar os cálculos).

Recursos:


- Geoplanos, borrachinhas, cartolina, régua, canetinha, tesourinhas, feijões.